Unidades vicentinas do litoral paulista ajudam famílias prejudicadas pelas chuvas

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As enchentes que atingiram o litoral paulista no final de semana do Carnaval afetaram diversas famílias, deixando 57 mortos, 30 desaparecidos e mais de 4 mil desalojados ou desabrigados, segundo o dados da Defesa Civil, de 24 de fevereiro.

O cenário mobilizou o Conselho Particular de Caraguatatuba/SP, que junto a comércios locais, igrejas regionais e a Prefeitura, puderam atender os mais necessitados. “No primeiro momento, nosso esforço foi para retirar as famílias dos locais de risco, esse trabalho foi realizado pela Prefeitura. Depois, as famílias que tiveram suas casas alagadas se alojaram em uma igreja, e aí começaram os primeiros trabalhos dos vicentinos. Junto com restaurantes da região, preparamos mais de 500 marmitas por dia. Quando a água começou a baixar e as famílias retornaram para suas casas, começamos o trabalho de limpeza e a jogar fora tudo o que a água estragou”, conta o confrade João Carlos dos Santos, Presidente do Conselho Particular de Caraguatatuba/SP.

A mobilização atingiu tantas pessoas, que a Prefeitura de Caraguatatuba teve que suspender a campanha de arrecadação. “Atualmente, o serviço é de triagem das roupas e separação dos alimentos para montar as cesta. Nosso trabalho vicentino hoje está voltado na arrecadação de  fogões, camas e roupas íntimas para doar para quem ainda não recebeu nada”, comenta o Presidente do CP.

João comenta que, além das unidades vicentinas de Caraguatatuba, Conferências da região também aderiram à campanha. “A Conferência da Exaltação de Santa Cruz, em Ubatuba/SP, a Conferência São Francisco de Assis, da Paróquia Santa Rosa de Lima, em São Sebastião/SP, assim como o Lar Vicentino da mesma cidade, realizaram arrecadações para ajudar as vítimas das enchentes”, elenca o confrade.

O CP de Caraguatatuba/SP conseguiu atender mais de 500 famílias: “o relato das famílias que perderam tudo foi muito comovente, muitas histórias diferentes, como a menina que perdeu a mochila de rodinhas, o menino que disse que a chuva levou o seu miojo embora, o guarda-roupa perdido que ainda estava na segunda parcela do pagamento, o pacotinho de BIS que iriam comer no feriado de carnaval. Essas histórias, na maioria das vezes, eram contadas por crianças”, relembra João.

Toda ajuda é bem-vinda

Moradores e comerciantes do litoral paulista se solidarizaram com a situação e promoveram ações de arrecadação. Esse foi o caso do Sérgio Ricardo de Araujo Oliva, 54, empreendedor da cidade de Guarujá/SP: “Começamos a arrecadação no dia 24 de fevereiro e vamos manter enquanto os desalojados estiverem em situação de urgência. Divulgamos a ação através das nossas redes sociais e arrecadamos roupas, roupas de cama, calçados, alimentos não perecíveis e material de higiene e limpeza”, cita Sérgio. 

O comerciante, com lojas nas cidades de Guarujá e Caraguatatuba, fala que a maior motivação foi a solidariedade em ajudar as pessoas e aliviar um pouco o sofrimento de perda das pessoas. “No momento, os itens mais requisitados tem sido os produtos de limpeza. Publicamos nas redes sociais, pedindo para aqueles que quiserem ajudar, se concentrarem nesses itens na hora de doar”, finaliza Sérgio.

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