REFLEXÃO: respeito às mulheres

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Imagem meramente ilustrativa

A luta das mulheres é diária. Elas sofrem preconceitos, assédios e violência. Muitas conquistas se notam ao longo do tempo, tais como o direito ao voto, estudos, leis específicas para defendê-las, Delegacia da Mulher, entre outras, porém, ainda há muito a se fazer.

Segundo o site da Unifesp, o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo. Registrou-se que, em 1 ano, 1,6 milhões de mulheres foram espancadas ou sofreram algum tipo de estrangulamento no país, e 22 milhões de brasileiras se tornaram vítimas de algum tipo de assédio e, infelizmente, 76,4% destas mulheres conhecem seus agressores (BBC Brasil, 2019).

Estes dados são alarmantes. O assédio e as violências físicas, verbais e sexuais acontecem em todos os ambientes, a qualquer momento: em casa, no transporte público, na rua, no trabalho, no lazer… O pior é que muitas vezes, a mulher ainda acaba sendo culpada pela violência que a acometeu. A sociedade julga que o homem não é responsável pelos seus ato; as mulheres são quem devem precaver atitudes erradas de homens sem escrúpulos.

Nós sofremos todos os dias. A situação é desgastante, destruindo a saúde, liberdade e até a realização de sonhos. Algo que parece ser uma simples abordagem pode gerar medo, pânico e depressão. Não somos um objeto de desejo e, sim, pessoas! Não podemos sair à noite! Não podemos confiar em quase ninguém!

E a Sociedade de São Vicente de Paulo não pode estar inerte a isso. Devemos oferecer um espaço seguro paras as mulheres, sejam elas consócias, funcionárias ou assistidas, incentivando que elas denunciem qualquer tipo de agressão física ou psicológica.

Somos uma família e, como tal, precisamos nos respeitar e trabalhar o respeito mútuo. Nós, consócias, temos as mesmas potencialidades dos confrades.

É preciso proteger as mulheres sempre, dando voz para elas em uma reunião; enfatizando a importância delas para a Sociedade de São Vicente de Paulo; promovendo debates, oficinas e palestras sobre o assunto. Respeite e promova este respeito. Tais ações não cabem apenas ao poder público ou movimentos feministas; é um dever de cidadão promover o bem-estar de todos, e a nós vicentinos o de mudar o mundo.

Você, mulher, que se sente desrespeitada, saiba que não está sozinha. Procure ajuda de quem confia. Fale COM aquele que pode resolver seu problema. É seu direito.

O Conselho Nacional do Brasil nos apoia em nossa luta. Não se cale, o seu silêncio faz novas vítimas, e você ainda pode ser vítima recorrente.

 

Consócia Amanda Dias, da área do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte (MG)

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