Raízes da Oração Cristã: Reflexões para o Dia Mundial da Oração

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A SSVP Brasil aproveita o Dia Mundial da Oração, celebrado em 1º de março, para refletir sobre a prática da oração na vida cristã. Neste ano, o Padre Tito Marega, dos Religiosos de São Vicente de Paulo, traz sua contribuição, destacando a relevância desse ato espiritual. Confira a reflexão!

Dividiremos nossa exposição em três níveis: o ensinamento de Jesus; o Catecismo da Igreja Católica; e o testemunho dos Santos. 

Jesus Cristo

Lucas 11, 1-2. 13: “Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um dos seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a orar… respondeu-lhes Jesus: quando orardes dizei: Pai, santificado seja o teu nome…”. “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dadivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espirito Santo aos que o pedirem!”.

São Paulo explica esta frase de Jesus na Carta aos Romanos 8, 14-16: “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus… recebestes um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: Abba! Pai! O próprio Espirito se une ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos de Deus”. 

Com isso vemos que o Espirito Santo é o MESTRE INTERIOR da vida de oração. A humildade é o fundamento da oração, “pois não sabemos o que pedir nem como pedir” (Romanos 8, 26) “A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus” Santo Agostinho).

Catecismo da Igreja Católica

“A oração na vida cristã. “Grande é o mistério da fé”. A Igreja O professa no Símbolo dos Apóstolos e O celebra na liturgia sacramental, para que a vida dos fiéis seja conforme a Cristo no Espírito Santo para a glória de Deus Pai. Esse mistério exige, pois, que os fieis nele creiam, o celebrem, e dele vivam numa relação viva e pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. ESSA RELAÇÃO É A ORAÇÃO.”. (CIC, 2558)

Testemunhos dos Santos 

A partir desses ensinamentos de Jesus e do Catecismo, grandes Santos nos explicam o que é esta relação, esta experiência de Deus:

“É um diálogo amoroso com JESUS, com quem nos encontramos a sós, com gosto e com frequência, falando com ELE, porque temos certeza de que ELE nos ama.” (Teresa d’Ávila).

Conforme Santa Teresinha do Menino Jesus: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.”. 

No evangelho de São Lucas 18, 1: “Jesus contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a NECESSIDADE DE ORAR SEMPRE, SEM JAMAIS ESMORECER.” Concluímos a nossa explicação sobre a oração cristã mostrando essa insistência de Jesus para rezarmos continuamente.  Aqui, Santo Agostinho nos ajuda com esse conselho: “O teu desejo é a tua oração, se contínuo é o teu desejo, contínuo é a tua oração.” Portanto, o desejo de Deus é o componente essencial para buscarmos constantemente a Deus. Como Jesus nos ensinou na última ceia: “permanecei em mim e eu permanecerei em vós, e dareis muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer”. (João 15, 4-5).

Tudo isso nos deixa claro que a oração é uma questão de fé, é crer em Deus que veio para o meio de nós na pessoa de seu Filho querido que permanece no meio de nós, como disse Ele ao voltar para o Pai, no dia de sua Ascensão: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”. (Matheus 28, 20).

É por isso que a respeito da oração contínua e perseverante, no final Jesus nos adverte com esta pergunta inquietante: “Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a Terra?” (Lucas 18, 8).

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