O Dia Mundial dos Pobres, celebrado hoje, é uma data que tem como objetivo despertar a consciência coletiva sobre a realidade de milhões de brasileiros que vivem à margem da sociedade, enfrentando a pobreza e a falta de acesso a direitos básicos como saúde, educação, moradia e segurança alimentar. Esta data, além de ser um convite à reflexão, é um momento para repensar políticas públicas, práticas sociais e, principalmente, a solidariedade em um contexto de crescente desigualdade. E neste contexto, a SSVP Brasil tem um papel fundamental na luta contra a miséria, oferecendo apoio direto e contínuo aos mais necessitados. Por meio de ações que vão além da caridade, os vicentinos buscam transformar realidades e construir uma sociedade mais justa e fraterna.
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A pobreza no Brasil, infelizmente, continua sendo uma realidade que afeta milhões de pessoas. De acordo com dados recentes do IBGE, cerca de 25% da população vive em condições de pobreza, o que corresponde a cerca de 52 milhões de brasileiros. A pobreza extrema, que impacta mais de 13 milhões de pessoas, é uma das maiores chagas sociais do país, afetando especialmente crianças, idosos e negros.
É nesse cenário de desigualdade que a ação dos vicentinos ganha relevância. Além da assistência direta, o trabalho da SSVP busca, também, dar voz e dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade, oferecendo mais do que o simples fornecimento de alimentos e roupas, mas também esperança de que a transformação social é possível por meio da ação solidária e da promoção de justiça social. “Temos milhares de assistidos espalhados pelos quatro cantos do nosso país. Além da cesta básica que oferecemos, também é preciso ir para águas mais profundas e fazer mais ações para retirar essas famílias e pessoas da linha da pobreza. Devolver a dignidade delas, dar condições reais para a promoção social, profissional. Isso é dever de todo vicentino e neste Dia dos Pobres devemos parar e refletir se estamos realmente fazendo isso com nossos assistidos e no que podemos melhorar”, afirma o Presidente do Conselho Nacional do Brasil, Márcio José da Silva.
O Presidente destaca ainda que a pobreza não é apenas uma condição material, mas uma violação dos direitos humanos. “Nesse sentido, o trabalho realizado pela Sociedade de São Vicente de Paulo tem uma visão ampla, abordando as necessidades físicas, materiais, emocionais e espirituais dos assistidos, buscando torna-los protagonistas de suas histórias e lhes devolvendo a autonomia. O Dia dos Pobres, portanto, serve não só como uma data de sensibilização, mas também como um momento de fortalecimento da missão dos vicentinos”, ressalta.
8ª edição
Neste ano, comemora-se o 8º Dia Mundial dos Pobres. A iniciativa, proposta pela primeira vez em 2017, foi criada foi criada e desejada pelo Papa Francisco como modo da Igreja ultrapassar seus muros e encontrar com os vários tipos de pobreza existentes no mundo.
Para esta edição, o Papa escolhe como lema a passagem do Livro de Ben-Sira: “A oração do pobre eleva-se até Deus”, tendo em vista o início do Jubileu Ordinário 2025. Com ele, o Papa reitera que os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus, que está atento e próximo de cada um deles. Deus escuta a oração dos pobres e, perante o sofrimento, fica “impaciente” até lhes fazer justiça.
Para marcar a data, Papa Francisco fará uma ação especial, abençoando 13 chaves que representam os 13 onde a Famvin Homeless Alliance (Fha) da Família Vicentina construirá novas habitações por meio do Projeto 13 Casas.
O Brasil é um dos 13 países onde o Projeto acontecerá. O Presidente do CNB explica que desde o ano passado o Conselho se envolveu com a iniciativa do 13 Casas, dada à importância de se olhar para todos os tipos de pobreza existentes. “A SSVP, através de suas Unidades e do próprio CNB, faziam ações isoladas, mas no ano passado resolvemos abraçar com orçamento próprio o 13 Casas, idealizado pela Família Vicentina. Em 2023, foram 17 projetos contemplados. Neste ano, disponibilizaremos, pelo menos R$ 300 mil para as ações e atenderemos os projetos elegíveis até esgotar o montante de recursos previsto. Os projetos adicionais, ainda que elegíveis para o apoio adicional do CNB, ficarão condicionados a disponibilidade de recursos”, conta Márcio.