FINADOS: desde a origem, a SSVP se compadece com a morte

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"Não há modo mais tocante de mostrar nossa afeição aos pobres que acompanhar à última morada os que assistimos em vida” - Manual da Sociedade de São Vicente de Paulo (1945)

O trabalho dos membros da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) vai muito além da distribuição de cestas básicas. Eles lutam pela promoção dos assistidos e são presença constante nas vidas dos Pobres, em todas as situações de dificuldades, a exemplo da morte.

Nesta sexta-feira (2), Dia de Finados, é uma prática muito comum os cristãos irem até cemitérios, onde rezam pelos mortos. Já entre os vicentinos, estes carinhos e cuidados não se limitam a um dia do ano. Em todas as reuniões semanais de Conferências, os confrades e consócias oram pela memória dos fiéis falecidos. Também não faltam a velórios de assistidos, bem como chegam a se revezar durante a madrugada toda quando morre um idoso asilado e que não tem ninguém para velá-lo.

O cuidado com os mortos, segundo pesquisas feitas pelo confrade Renato Lima (presidente-geral da SSVP), remota às origens da instituição. Em 1845, quando a Sociedade de São Vicente de Paulo completou 12 anos de existência, foi editado um documento com os textos da Regra, os primeiros relatórios anuais, as Cartas-Circulares dos presidentes-gerais, reflexões sobre as indulgências e breve papais. O documento, intitulado Manual da Sociedade de São Vicente de Paulo, tinha um capítulo intitulado Principais Obras da Sociedade. Dentre elas, está a ‘Obra dos Funerais’, definida como essencial: “(…) não há modo mais tocante de mostrar nossa afeição aos pobres que acompanhar à última morada os que assistimos em vida”, frisava o documento.

FINADOS

O Dia de Finados, ou dos Fiéis Defuntos, foi oficialmente comemorado a partir do século VI, durante o pontificado do Papa Leão IX, incentivando os cristãos a orarem pelos defuntos.

Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no séc. VII, e em Fulda (Alemanha), no séc. IX. O verdadeiro fundador da festa, porém, é Santo Odilon, abade de Cluny (França). A festa propagou-se rapidamente por todo estado francês e pelos países nórdicos. Foi escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de Todos os Santos.
Muitos documentos dos primeiros séculos da Igreja legitimam esta prática. Por exemplo, a Didaqué (ou Doutrina dos 12 Apóstolos), do ano 100, já mandava oferecer orações pelos mortos. Nas Catacumbas de Roma, os cristãos rezavam pero do túmulo dos mártires, suplicando a sua intercessão diante de Deus.

 

Fonte: Redação do SSVPBRASIL

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