OZANAM: um defensor dos direitos humanos e da justiça social

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Celebrando a memória litúrgica do nosso principal fundador (09/09), o confrade Antônio Frederico Ozanam, recordamos o cidadão defensor dos direitos humanos e da justiça social, homem das “letras”, que afirmou e reafirmou diariamente sua fé católica sem arrogância nem fragilidade, mas com altivez, testemunho e exemplo.

:: Ozanam: testemunho de vocação vivida na Conferência e junto aos Pobres

Sempre atento ao seu tempo e à frente dele, denunciou violações aos direitos fundamentais do homem numa sociedade francesa da primeira metade do século XIX, que era marcada por uma grande desigualdade social, com privilégios para poucos.

Ozanam demonstrava seu amor ao próximo, através do seu discurso e de suas obras, testemunhando Cristo e a Igreja, inspirando todos ao seu redor a trabalhar por aqueles que se encontravam em situação de vulnerabilidade material e espiritual.

Reunindo pessoas, através da amizade e modo de ver e viver a vida, Ozanam viveu e sobreviveu num tempo de desamor e injustiças. Sua liderança e a capacidade de motivar e emocionar as pessoas conseguiram fazer com que muitos tivessem a oportunidade de se permitir um contato pessoal com os que mais sofrem e, não temos dúvidas que é neste momento que seus amigos e admiradores descobrem sua vocação e vêm somar forças numa grande Rede de Caridade – a SSVP.

Ozanam escreveu: “É muito pouco aliviar o Pobre no dia a dia, é necessário pôr as mãos nas raízes do mal e, com eficientes reformas, diminuir as causas da miséria pública.” É notável a preocupação de Ozanam com as decisões políticas, para que a nossa ação caritativa não se torne apenas paliativo diante dos males sociais que afligiam a sociedade. Seus escritos deixam claro de que era necessário distanciar a ação social de toda política partidária e ideológica, por mais paradoxal que pareça. Somente através de um comprometimento fiel à vivência dos valores cristãos e de ir aos Pobres e, cuidar deles, como o fez Jesus, resgataríamos sua dignidade.

O Papa João Paulo II, por ocasião da beatificação, disse sobre Ozanam: “Ele amava todos os necessitados. Desde a juventude tomou consciência de que não era suficiente falar da caridade e da missão da Igreja no mundo. Isto deveria traduzir-se em um compromisso efetivo dos cristãos a serviço dos pobres”. Que todos nós possamos hoje reafirmar nossa vocação de sermos continuadores do legado que Ozanam nos deixou como herança, agindo e reagindo como ele o fez, de forma firme, arrojada e determinada sempre, mas com ternura, afabilidade, compaixão, empatia e simpatia.

Confrade Rodrigo Rodrigues Pereira.

Membro da Coordenação do Departamento Missionário do CNB

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