No mês de Maria, relembre como foi a 52ª Romaria

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“Dai-nos a bênção, oh Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida”. O refrão da música tão conhecida em saudação à Mãe foi entoado no por cerca de 40 mil vicentinos durante a 52ª Romaria dos Vicentinos a Aparecida, realizada de 01 a 03 de março. Impossível não se emocionar diante da fé dos vicentinos por ela, a Mãe do Salvador. A devoção estava ali, em cada rosto, em cada gesto, em cada oração, em cada atividade. Crianças, jovens, adultos, idosos, famílias e caravanas do país inteiro participaram e se entregaram a uma programação feita com muito amor e dedicação, e puderam, mais uma vez, renovar sua vocação vicentina.

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No caminho do Rosário, na sexta-feira, dia 1, os vicentinos acompanharam os Cinco Mistérios Dolorosos durante o Terço, organizado pela Família Vicentina, que pela primeira vez participou ativamente do evento. Um momento de comoção, que nem a chuva fina que caiu fez com que os fieis desistissem. “A importância da participação da Família Vicentina é a aproximação dos Ramos e da unificação da partilha. É muito bonito ver não só os vicentinos, mas outros Ramos da Família na Romaria. É somar para poder construir. É lindo ver tanta gente pedindo essa bênção, essa proteção à Mãe, que ela nos ajude com a nossa missão com os Pobres. Estar no colo da Mãe é uma alegria muito grande e estar ver essa multidão, mais ainda”, conta Irmã Aparecida Ramos, FC.

No sábado, o calor voltou a aparecer e mais uma vez os romeiros de todo o país mostraram sua devoção, durante a Via Sacra pelas 15 estações que ilustram o calvário de Jesus, preparada pelo Departamento Missionário do CNB. Suor e lágrimas se misturavam nos rostos dos vicentinos!

Em cada parada, hinos entoados, oração e mensagens sobre temas relevantes em nossa sociedade, como pobreza, violência contra as mulheres, drogas. 

Foram duas horas de reflexões profundas, conduzidas pelo Padre Emanoel Bedê, Assessor Espiritual do CNB, e por leituras de depoimentos do Livro do Ano Temático e de frases importantes da Igreja. A cruz foi carregada por diversos vicentinos que estavam acompanhando o evento ao longo de todo o trajeto. A animação musical ficou por conta da Banda Missão Desperta, de Patos de Minas/MG. 

À tarde, aconteceu a exposição da imagem de São Vicente de Paulo, vinda de Roma, e da relíquia de primeiro grau. Milhares de pessoas se reuniram no Centro de Eventos para rezar e poder ver os objetos de devoção que agora, numa parceria entre Família Vicentina e CNB, sai em peregrinação pelo país.

Os integrantes das CCAs deram literalmente um Show de Talentos, apresentando música, dança, teatro e participando do se vira nos 52. Ao todo,  266 crianças e adolescentes de 21 Conselhos Metropolitanos de todas as regiões se apresentaram. No domingo, 48 crianças de 34CM’s voltaram ao palco para a coração de Maria, na Festa Regulamentar que neste ano corou as sete padroeiras da Região, em um momento muito emocionante.

À noite, foi a vez da Juventude dar o seu recado no Festival Ozanam, com apresentações das sete regiões. Um dos momentos mais marcantes da juventude, foi quando o Centro de Eventos teve um blackout proposital e ficou iluminado por celulares durante uma grande de adoração. A Comissão de Jovens ainda repassou para os participantes informações sobre o Fórum Nacional da Juventude, que ocorrerá de 27 a 29 de setembro na Estância Árvore da Vida, em Sumaré/SP. 

O domingo foi de comoção. A imagem e relíquia de São Vicente foram para o Centro de Eventos, onde permaneceram para visitação durante a Festa Regulamentar e a Santa Missa.

A Festa foi marcada por momentos importantes, como a fala do presidente do CNB, confrade Márcio José da Silva, do presidente do CGI, confrade Juan Manuel B. Gómez, que destacou a parceria com o Brasil e se colocou à disposição do CNB para novas parcerias. 

Além disso, o Padre José Gilmar Moreira, SV, falou sobre o ano de Jean-Leon Le Prevost, e o confrade Claudinei José Pereira, do Conselho Metropolitano de Jundiaí, palestrou sobre o tema da Romaria “Ozanam, servo incansável a exemplo de Maria, serva fiel”. Foi feito um momento de pedido de paz no mundo, onde os vicentinos que lotaram o Centro de Eventos abanaram lenços brancos.

Já a Santa Missa, com o Centro de Eventos, lotado, emocionou. Ela foi celebrada pelo Bispo Dom Odair Miguel, de Porto Alegre/RS, CM, com a participação de vários padres e diáconos, entre eles o Padre José Orozco, Assessor Espiritual do CGI. ““A minha alegria foi ver tanta gente, em particular a juventude. Muitos já estão há décadas fazendo esse trabalho importante e precisa renovar, e a juventude é a esperança para as Conferências, para a Igreja. A presença dos vicentinos em uma paróquia é um sinal da caridade. Estar na casa da mãe é se sentir mais próximo dos outros. Ela acolhe cada um e a mãe sempre vai falar algo de bom para os filhos e, com certeza Nossa Senhora falou para cada um, no coração, para continuar sendo perseverante na missão, na vocação, nas Conferências. O evento foi maravilhoso. É graça sobre graça. Desejo que cada vicentino possa exercer bem a sua missão, com cuidado. A Igreja nos fala de Igreja em saída e da sinodalidade da escuta e isso já acontece nas Conferências”, explicou o Bispo.

Sobre viver a Romaria

Cada um vivencia a Romaria de um jeito particular, com seus chamados e emoções pessoais. Mas o que é consenso é que ela emociona, renova a fé e desperta o amor.

De Tubarão/SC, uma caravana de 38 pessoas enfrentou um trânsito de 18 horas, com desvios na estrada para chegar à Casa da Mãe. Estelita Correia da Silva, de 78 anos, não é vicentina, mas sempre ajuda como voluntária. Foi a convite das irmãs e se encantou com o que viu. Já a veterana, consócia Alda Rosa de Oliveira, estava pela terceira vez na Romaria. “É sempre muito bom. Tem sempre uma inovação. A gente é vicentina, vocacionada, então, gosta de vir para comemorar a Mãe. A gente faz de tudo um pouco, acompanha a programação, mas a Via Sacra é sempre especial”, conta.
Ao andar no Centro de Eventos encontramos um grupo de quatro garotas muito animadas. Elas eram Kamille Ferreira Dias, de 21 anos, Maria Eduarda Monteiro Dourado, de 17 anos, Ana Luísa de Oliveira, de 20 anos, e Geovanna Santos Nascimento, de 14 anos., do Conselho Particular São Domingos Sávio, de Brasília/DF, e demoraram 16 horas para chegar na Romaria. Se a viagem valeu a pena? Elas falam ao mesmo tempo um sonoro “SIM”. Para Geovanna, que é de CCA e esteve pela primeira vez na Casa da Mãe, a Via Sacra foi marcante. “Estou gostando muito da programação. A Via Sacra foi um momento único, uma experiência incrível”. Também pela primeira vez na Romaria, a jovem Ana Luísa se encantou. “Acho incrível ver como a fé move as pessoas e ver tanta gente reunida, principalmente na Via Sacra, que para mim foi o momento mais lindo”. A também debutante Maria Eduarda classificou a Romaria como “mágica”. “Estou amando. Conhecemos gente de todos os cantos”. Já Kamille estava pelo segundo ano no evento. “Tem sido muito especial. Cada Romaria é única”, define. 

O resumo da Romaria é pouco para expressar a grandeza do evento e a gratidão dos que participaram. “Estamos com o coração cheio de gratidão por tudo o que vivemos durante um final de semana intenso, cheio de eventos, alegria, espiritualidade, reencontros, encontros. Foi um momento marcante para nós essa Romaria, que teve um tema importante. Que esse exemplo de Ozanam possa nos inspirar cada vez mais a sermos fiéis aos propósitos de Deus na nossa vida, sermos fiéis à causa vicentina, vivendo a nossa vocação na SSVP”, avalia a consócia Bete. 

O presidente do CNB, confrade Márcio, também ressaltou a importância do tema da Romaria. “Este tema deve ser norteador para nós a partir da experiência vivida nesta histórica Romaria, devemos ser vicentinos incansáveis no serviço aos pobres, na participação semanal na conferência e na visita aos nossos assistidos, como tão bem nos pede Ozanam e sermos fiéis à nossa vocação vicentina, assim como foi Maria, que esteve sempre disponível para ir apressadamente ao encontro daqueles que mais precisavam”, finaliza. 

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