No dia 7 de fevereiro celebramos a memória da Beata Rosalie Rendu, uma figura emblemática na história da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) e uma inspiração para as mulheres vicentinas em todo o mundo. Nascida Juana Maria Rendu em 9 de setembro de 1786, em Confort, França, ela entrou para a Casa Madre das Filhas da Caridade em Paris em 1802, assumindo o nome de Irmã Rosalie. Sua vida foi marcada pela dedicação incansável aos mais necessitados, especialmente no bairro pobre de Mouffetard, em Paris.
Desde cedo, Rosalie demonstrou uma profunda compaixão pelos menos favorecidos. Sua família acolheu padres perseguidos durante os tumultos da Revolução Francesa, influenciando-a a seguir o caminho da caridade e da devoção. Ao ingressar na Congregação das Filhas da Caridade, ela foi designada para trabalhar no bairro de Mouffetard, uma área conhecida por sua pobreza e dificuldades.
Durante mais de 50 anos de serviço nessa comunidade, Irmã Rosalie tornou-se uma figura venerada por todos os habitantes de Mouffetard. Ela fundou várias instituições para atender às necessidades dos pobres, incluindo um patronato para jovens trabalhadores, uma creche para crianças de mães trabalhadoras, um refúgio para idosos e uma oficina de caridade. Seu trabalho incansável não só proporcionou assistência material, mas também inspirou esperança e dignidade aos menos favorecidos.
Além de suas realizações práticas, Rosalie desempenhou um papel fundamental na fundação da Sociedade de São Vicente de Paulo. Em 1833, quando Antônio Frederico Ozanam e seus amigos decidiram iniciar um grupo para ajudar os pobres, procuraram a orientação e o apoio de Irmã Rosalie. Ela os ensinou a reconhecer a presença de Cristo nos necessitados e os orientou em sua missão de caridade.
A dedicação de Irmã Rosalie não conhecia limites. Durante os tumultos da Revolução de 1848, ela esteve presente nas barricadas, prestando socorro aos feridos de ambos os lados do conflito. Sua coragem e compaixão foram evidentes em momentos de grande perigo, quando ela arriscou sua própria vida para salvar os outros.
O legado de caridade e serviço de Irmã Rosalie continuou a inspirar gerações de vicentinos e vicentinas em todo o mundo. Sua beatificação pelo Papa João Paulo II, em 9 de novembro de 2003, reconheceu sua santidade e seu exemplo de vida dedicada aos mais necessitados.