Aproveitando que estamos no mês de maio, quando se comemora o Dia das Mães e o Dia da Família, e que neste ano ainda contemplou a 51ª Romaria dos Vicentinos a Aparecida, o Decom do Conselho Nacional do Brasil resolveu fazer uma pauta especial: uma única história vicentina unindo as três comemorações de maio.
Tudo começou quando nossa jornalista estava cobrindo a Via Sacra da Romaria e avistou uma família com chapéus e camisetas chamativas. Ao abordá-los, pediu licença para tirar uma foto para as redes sociais do CNB, ao que foi prontamente atendida. Mas como jornalista é curioso, ela não quis ficar só na foto e perguntou de onde aquela família tão animada era: Cambé, no Paraná. Seguindo pelo caminho da curiosidade veio a terceira pergunta: “É a primeira vez de vocês na Romaria?” Ao que o pai da família todo simpático respondeu: “Imagina, conheci minha esposa numa Romaria a Aparecida!”
Estaria Nossa Senhora trabalhando para que esse “acaso” acontecesse? Só podia ser isso!
Conheçam a família Rocha, de Cambé, no Paraná!
O ano era 2004. Felipe Gustavo Rocha tinha 17 anos. Filho de pais vicentinos, João Batista Rocha e Maria Aparecida Rocha, estava acostumado a ver o casal organizar excursões para o maior evento da SSVP no Brasil e no mundo: a Romaria a Aparecida. O que ele não sabia era que aquele ano seria especial. Seu pai era presidente do Conselho Particular Bom Pastor e naquele ano os organizadores da excursão resolveram doar dois ou três lugares no ônibus para ser sorteado para o Conselho Central de Cambé. Uma das pessoas sorteadas foi Andressa Aguiar, que na época tinha também tinha 17 anos, mas morava em Bela Vista do Paraíso/PR.
“A gente se conheceu na viagem, conversou em Aparecida, na volta para o Paraná. E cada um tomou seu rumo, foi só um encontro de passagem na Romaria”, lembra Felipe.
Mas quis o destino que esse “só de passagem” virasse algo constante. E eles voltaram a se encontrar um ano depois, em 2005, em um encontro de jovens na cidade de Cambé. “Na época não tinha as facilidades de comunicação como hoje e conversávamos por orelhão, telefone. Começamos a namorar à distância, por um ano, um ano e meio. Eu frequentava a Conferência de Jovens Nossa Senhora dos Migrantes e ela, a São João Batista”, conta.
Em 2007, os jovens resolveram dar um passo a mais e formar uma família vicentina. “A gente se casou e alguns anos depois veio o Davi (12 anos), depois veio o Guilherme (4 anos) e por último veio a Juliana (1 ano). Depois de casados, o casal continuou a ir à Romaria, só faltando nos anos de nascimento das crianças e quando o evento não aconteceu devido à pandemia.
Sobre a importância de formar uma família com as bases vicentinas, o pai, todo orgulhoso, explica: “As crianças frequentam a Conferência de Crianças e Adolescentes Nossa Senhora de Guadalupe. Acreditamos que, com a participação na SSVP, estamos não apenas ensinando os valores cristãos para nossos filhos, mas também os valores humanos e a desigualdade social. Sabemos que através dos vicentinos eles podem estar mudando a história e o futuro de uma família. E esses valores é a melhor herança que podemos deixar para eles”, finaliza Felipe.