Dia do Compositor: quando a inspiração vem de Deus, contador vira autor de músicas religiosas

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Pai e filho cantam juntos composições vicentinas

Neste Dia do Compositor, dia 7, a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) vem lembrar de todos os compositores que fazem da música um instrumento de evangelização, principalmente aos vicentinos a exemplo do confrade Paulo César Felizardo. Conheça agora a história dele. 

Dos números às letras musicadas, falando do amor de Deus e dos vicentinos. É assim que o contador, confrade Paulo vem dividindo seu tempo desde 2003, quando compôs sua primeira música. De lá para cá, são mais de 30 canções vicentinas prontas e algumas em desenvolvimento. A primeira foi escrita em comemoração aos 170 anos da Sociedade de São Vicente de Paulo e ele nunca mais parou.

Morador de Lorena, com 57 anos, o confrade Paulo é vicentino desde os sete anos e se inspira nessa vivência para escrever. “Eu brinco que nem sabia ler e escrever e já era vicentino. Nunca tive a pretensão de compor música. Isso veio para mim, como uma inspiração divina, em 2003, quando a SSVP completava 170 anos. Fiz a música em forma de homenagem e nunca mais parei”, conta.

Depois de compor sua primeira música, confrade Paulo passou a participar de festivais de músicas vicentinas e ganhou alguns prêmios, como melhor mensagem e melhor tema. Em 2006, em uma certa noite, cansado de ter que procurar músicas apropriadas para as Missas Vicentinas, pediu a inspiração divina para criar canções especiais para esses momentos. “Pedi para Deus e naquela noite, fiz oito composições, todas especialmente para as missas. Isso foi realmente uma inspiração divina”, lembra.

Em 2007, o confrade gravou o primeiro CD, “Missa da Caridade”, feito pelo Projeto Cantando a Caridade. “A gente não se intitula banda e sim um Projeto. Gravamos com amigos, meu filho, contamos com colaborações. Neste por exemplo, uma amiga emprestou a voz”, explica.

A paixão pela música não é recente. Ainda menino, por volta dos 12 anos, confrade Paulo fez dois meses de aula de violão. “Era menino demais, desisti, cansei do professor. Tempos depois, aprendi sozinho. Não sou músico, pois não estudei. Costumo cantar com minha esposa, Geovana, e com meu filho José Augusto, esse sim músico de formação.”

O segundo CD veio em 2019, reunindo as músicas dos festivais e ganhou o nome “Aos nossos Mestres e Senhores”, que era o tema da SSVP daquele ano.

Momentos vividos com os vicentinos, palavras, eventos, tudo inspira o confrade Paulo a escrever uma música nova. “Certa vez, estava voltando de Bauru e dirigindo, ali sozinho, me toquei que a nossa Romaria Nacional, que é o maior evento vicentino, não tinha uma música. Em dois dias escrevi, mostrei para o pessoal e ela acabou sendo gravada e ganhou até um videoclipe”, conta entusiasmado.

É de emocionar ouvir o confrade contanto suas histórias. Suas canções estão atravessando fronteiras, não só dos estados brasileiros, mas também do mundo. Em 2019, o presidente do Conselho Geral Internacional (CGI) da SSVP, confrade Renato Lima de Oliveira, me convidou para escrever uma música da biografia dos Sete Fundadores para a comemoração dos 180 anos do CGI. Eu fiz e fui para Portugal com meu filho em junho daquele ano para a apresentação durante a Plenária Internacional do CGI. A música já ganhou tradução em espanhol, com a cantora Claudia Zamora, e também tem videoclipe. O confrade Paulo conta ainda que neste ano deve acontecer um concurso internacional para que a música ganhe versões em francês, inglês e italiano.

Confrade Paulo, a cantora espanhola Claudia Zamora e o filho José Augusto, em Portugal, na apresentação da Canção Sete Fundadores

Outras composições do confrade devem ganhar tradução em outros idiomas também. O cantor espanhol Javier Ciento deve gravar a  música “Ozanam Franciscano”. O compositor vicentino também integra, a partir deste ano, o grupo internacional de músicos vicentinos Confraternidad vicentina de músicos, cantantes, compositores e productores.

Questionado o que lhe move a seguir compondo, o confrade explica, que a inspiração divina é o principal e termina com um trecho de sua música “Visitado por Jesus”: “Mas que lição eu aprendi. Ao visitar meu irmão, o amor de Deus eu senti, Se foi bom para ele, foi melhor para mim, pois, ao sair daquela casa, ser vicentino eu aprendi.”

Para conhecer mais sobre as composições do confrade Paulo, basta acessar os links: Facebook: www.facebook.com/cantandoacaridade; Instagram: @cantandoacaridade ou no Youtube: Cantando a Caridade.

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