Assistida que já morou dentro de buraco melhora de vida

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Aparecida Vanda (57) conhece a pobreza extrema e tem um passado de muito sofrimento. A mãe a entregou com 9 anos para uma dona de bordel, porque não tinha condições de criá-la. Ela não teve outra escolha na vida a não ser se prostituir. Foi nesse ambiente que conheceu o homem que viria a se apaixonar. Mas esta história não é daquelas bonitas de filme, em que um sujeito bom tira a mulher da prostituição e eles vivem felizes para sempre. O marido era muito violento. Cansada de ser espancada, fugiu de casa com os três filhos.

Sem dinheiro, ela morou na rua, em construções abandonadas, imóveis desmoronando e até dentro de um buraco. Até que conheceu o atual marido, um homem bom, trabalhador e que assumiu os filhos dela como se fossem dele também. A vida era simples, mas a família estava feliz. Só que uma doença voltou a trazer sofrimento para D. Vanda. O esposo foi diagnosticado com câncer no cérebro e não pode ser operado. O dinheiro que ele ganha é para comprar remédios. Novamente, ela se viu passando dificuldades.

Encontrou ajuda na Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), por meio da Conferência Nhá Chica, em Varginha (MG). Os vicentinos passaram a assisti-la com a cesta básica. A consócia Vera Lúcia Santos e Santos, membro da Unidade Vicentina, conta que ela e os demais membros queriam fazer mais pela assistida. Tiveram a ideia de inscrevê-la nos Projetos Sociais do Conselho Nacional do Brasil (CNB) e a iniciativa foi contemplada.

Vanda fez um curso de crochê, ganhou todos os materiais e agora trabalha na confecção de tapetes vendidos a R$30 e R$60. O dinheiro tem sido muito importante para complementar a renda da família. Mas segundo a consócia Vera Santos, o projeto deu ainda mais resultados. “Não é só o dinheiro; nós observamos como a autoestima dela melhorou. É uma outra pessoa. Mais animada, confiante”.

Para a consócia Vera, a iniciativa do CNB de criar os Projetos Sociais é formidável. “Eles são o caminho para a Mudança de Estruturas (promoção social). Nós não podemos só dar comida; precisamos fazer o possível para que nossas famílias sejam motivadas a trabalhar e mudar de vida, a exemplo da D. Vanda”, conclui.

 

Fonte: Redação do SSVPBRASIL

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