Servindo na Esperança: 10 passos para desenvolver a espiritualidade vicentina no Ano Jubilar

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“SERVIENS IN SPE” – Esta frase latina, que significa servindo na esperança, é o lema da Sociedade de São Vicente de Paulo. Pode ser que estejamos tão acostumados com ela em nosso logo que acabamos esquecendo da importância que essa frase tem na vivência vicentina. Servir na esperança é o que queremos para esse ano de 2025, ano jubilar da Igreja que, providencialmente, escolhe a virtude teologal da esperança para guiar os passos e o caminho da evangelização nos primeiros vinte e cinco anos do novo século.

Como vivenciar a espiritualidade vicentina no Ano Jubilar?

1 – Procurar conhecer, rezar e viver com intensidade o Jubileu da Esperança nas paróquias e dioceses locais, lembrando que a esperança é marca fundamental da vida vicentina.

2 – Aprofundar a vida de oração pessoal, a partir do Evangelho de Lucas, que é a indicação litúrgica desse ano. O Evangelho de Lucas é também chamado de Evangelho dos pobres, pelo destaque que o autor dá aos grupos mais marginalizados de sua época. “O Senhor me enviou para evangelizar os pobres” Lc 4, 18. São Vicente de Paulo orientava aos seus missionários a leitura de pelo menos um capítulo do Novo Testamento por dia!

3 – Desenvolver a oração comunitária – A participação na vida da comunidade é de fundamental importância para a vivência espiritual do vicentino(a). É na comunidade cristã, sobretudo na participação dos Sacramentos, que os vicentinos se alimentarão espiritualmente para nutrirem a sua missão vicentina.

4 – Viver a espiritualidade das virtudes vicentinas – As cinco virtudes que São Vicente de Paulo nos deixou são a expressão concreta da vivência do Evangelho. Em sua prática pastoral e na sua oração pessoal, reze a Deus pedindo o dom dessas virtudes (simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo).

5 – Assumir o compromisso com a conferência – Não existe vicentino (a) fora de uma conferência, por isso procure participar sempre da sua conferência, pois é na base que o trabalho da SSVP se desenvolve e os Pobres são assistidos. Não deixe de ler o livro do ano temático sobre o trabalho das conferências.

6 – Participar da formação permanente – O vicentino (a) não pode deixar de se formar e se especializar. Os desafios e as mazelas sociais exigem uma resposta atualizada para o enfrentamento desses problemas, sobretudo daqueles que atingem diretamente os Pobres. Os cursos de formação que a própria SSVP oferece e também outras entidades sociais e católicas são uma oportunidade para desenvolver a prática e a espiritualidade vicentina.

7 – Seguir com responsabilidade a REGRA – A Regra da SSVP não deve ser entendida como uma camisa de força ou uma lei que priva o vicentino (a) de realizar o seu trabalho. Pelo contrário, a Regra é uma orientação para que o trabalho apostólico da SSVP seja realizado de modo que os nossos Mestres e Senhores sejam atendidos e promovidos com dignidade. Não deixe de ler a Regra em sua integralidade e não apenas recortes que se usam no dia-a-dia da conferência.

8 – Trilhar o caminho de santificação diária – Os vicentinos são chamados à santidade. Esta não é reservada apenas aos santos do altar e nem significa ausência de pecado, mas é um caminho para todos nós. A santidade deve ser vivida em cada ato e gesto, e a vida do vicentino(a) deve transparecer os dons recebidos no batismo.

9 – Dar o testemunho de um discípulo de Cristo – O vicentino(a) deve ser um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, ou seja, um cristão autêntico. Ser discípulo quer dizer estar sempre à escuta do Mestre, aprendendo com Ele e assumindo na própria vida os sentimentos e atitudes de Jesus, o evangelizador dos pobres.

10 – Ser um arauto da caridade e da missão – A caridade é a máxima evangélica que dá sentido a missão vicentina. A SSVP é conhecida pelo seu trabalho de caridade para com os mais Pobres da sociedade. O vicentino deve viver em um estado permanente de missão. Devem estar sempre prontos a socorrer com amor aqueles que mais precisam.

Os Confrades e Consócias da Sociedade de São Vicente de Paulo são homens e mulheres de esperança. Uma esperança que não decepciona, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações (cf. Rm 5,5) e, por isso, devem manter acesa a chama da vocação vicentina para aquecer os corações daqueles que possam estar desesperançados. Além disso, o vicentino (a) deve constantemente renovar o seu sim que foi dado naquele dia em que foi chamado para servir os Pobres na SSVP. Sigamos em frente sem desanimar e com a esperança renovada, sempre servindo na esperança!

Padre Allan Júnio Ferreira

Asssessor Espiritual CNB

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