Chegou a vez de conhecermos a Região 5 da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Ela é composta por Conselhos Metropolitanos de quatro estados, além do Distrito Federal: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. E o tamanho da sua extensão reflete o amor e o trabalho dos vicentinos.
Cor: Laranja
Padroeira: Nossa Senhora do Carmo
A Região 5 é composta por cinco Conselhos Metropolitanos (CMs- Anápolis, Brasília, Goiânia, Patos de Minas e Uberaba), 1.750 Conferências, 281 Conselhos Particulares (CP) e 44 Conselhos Centrais (CC). São 17.981 vicentinos atuando e 95 Obras Unidas.
A vice-presidente da Região 5, consócia Márcia Teresinha Moreschi, conta que é possível andar mais de 2.000 quilômetros para se percorrer a Região. “É desafiador unirmos tantas localidades distintas assim, mas ao mesmo tempo é gratificante ver como a caridade, o amor e os ensinamentos de Ozanam são capazes de reunir os diferentes sotaques e culturas em prol dos Pobres e das Obras Unidas”, explica.
Unir as fronteiras é um trabalho realmente desafiador, mas a boa vontade, criatividade e iniciativa dos Coordenadores de ECAFO, Presidentes de Conselhos e vicentinos participantes da Região 5 são mais fortes. Na ECAFO, por exemplo, o trabalho não para. “Mesmo com a distância territorial e agora com o distanciamento social imposto pela pandemia, o trabalho da ECAFO está sendo feito. A Semana Nacional da ECAFO, que falou sobre a Doutrina Social da Igreja – DSI, teve uma grande aceitação e foi além do esperado, graças a dedicação, apoio e envolvimento dos Presidentes de Conselhos e Coordenadores de ECAFO, CJ (Conferência de Jovens) e CCA (Conferência de Crianças e Adolescentes). Os trabalhos continuam acontecendo por videoconferência, destacando a importância do trabalho, do estudo e aplicação dos Módulos da ECAFO”, conta o confrade Jaques Nunes de Freitas, Coordenador da ECAFO para a região.
O confrade explica que a Região 5 está estruturando a ECAFO para que cada Conselho Central tenha uma equipe da ECAFO para ajudar a coordenar os trabalhos da formação, que está sendo feito um trabalho geral de reforço da importância da Escola Permanente, e também, como meta, a ECAFO nos Conselhos Particulares. “Cumprir o que estipula o Artigo 132. Essa é nossa meta”, detalha.
A pandemia atrapalha, confessa o confrade, mas não estraga os trabalhos. “Fizemos cinco lives, sobre os 10 Princípios da Doutrina Social da Igreja – DSI, no período de 17 a 28 de Agosto de 2020, com mais de 2.300 participantes, incluindo não vicentinos. Os CM’s estão inovando. Nem todos estavam familiarizados com a tecnologia e tiveram que se superar nessa questão para dar continuidade aos trabalhos. E para minimizar o esfriamento causado pelo distanciamento social, optamos pelas reuniões on-line”.
O CM de Patos de Minas, por exemplo, fez gincanas sobre a Regra, a vida de Ozanam e a SSVP. O CM de Uberaba está reestruturando a ECAFO e tem feito a celebração eucarística todos os meses, durante as reuniões. Cada um se reinventou à sua maneira”, explica.
A ECAFO do CM Brasília fez formação e momentos de oração em conjunto com a Família Vicentina Centro-oeste em celebração a Festa de São Vicente.
“Conhecer as necessidades de cada Conselho é essencial no trabalho, assim como investir nas bases”, de acordo com o confrade Jaques. Ele cita alguns exemplos: no CM de Goiânia, a Coordenação da ECAFO fez uma Videoconferência com as lideranças, que também envolveu CJ e CCA, para conhecer a realidade de cada CC e elaborar um plano de ação e trabalho, visando à formação dos vicentinos. Reativou o canal do Youtube. Pois é preciso investir na formação vicentina pelo meio digital e estamos atentos a isso. E também da criação do Instagram para divulgar as ações e missões dos Conselhos – CP’s, CC’s e CM. “Portanto, essa é a realidade da Região 5. É um trabalho demorado, que é feito em equipe e com muito amor, unindo os CP’s, CC’s, CM, CCA’s e CJ’s. Todos vestiram a camisa”, finaliza o confrade.
As Conferências de Crianças e Adolescentes (CCAs) não só vestem a camisa, como colocam a mão na massa e entram em ação. Os exemplos são muitos, segundo a coordenadora para a Região 5, Ana Lúcia Dos Santos Souza.
“Em Patos de Minas, por exemplo, foi realizado um terço virtual realizado pelo CM com a participação de 98 crianças e adolescentes. Para comemorar o Dia das Crianças, devido à pandemia, a Conferência Santa Luísa de Marillac dez uma Carreata da Alegria pelas ruas de Presidente Olegário. Mais de mil crianças carentes foram contempladas com um saquinho de guloseimas, contendo balas, pirulitos, bombons, pipoca e chicletes”, conta.
Anápolis, em Goiás, não ficou atrás na animação, teve até formação on-line. “A criatividade correu solta em desafios propostos às crianças e adolescentes e tudo foi feito para seguir o roteiro tradicional das reuniões, inclusive com as orações, leituras espirituais e reflexões com os membros”, destaca a consócia Ana.
O CM de Brasília também inovou: além de participar do Concurso Pintando a Fraternidade em Nível Nacional, fez o concurso dentro do próprio Central Divino Espírito Santo para incentivar as crianças e adolescentes.
A diversidade proporcionada pela extensão da Região 5 também é refletida na juventude e nas CJs (Comissões de Jovens). “A juventude é bem ampla, com características diferentes. Mas os Conselhos são unidos e os encontros anuais dos CMs são muito esperados. Temos locais, como Anápolis, que o ENFJOV acontece há vinte anos e o ENJOVI do CM de Uberaba que vai completar sua 30ª edição, e outros que estão começando. É muito gostoso ver essas gerações se encontrando e sempre levamos pessoas de outros CMs para aumentar a troca de experiências”, conta o coordenador para CJ da Região 5, o confrade Marcos Antonio Gonçalves Pereira.
O confrade explica ainda que a pandemia pegou algumas CCAs de surpresa, mas que eles se adaptaram. “No Mato Grosso, que pertence ao CM de Goiânia por exemplo, estávamos fazendo um trabalho presencial muito forte de resgate da juventude, mas mantivemos as lives e bate-papos para suprir essa ausência. O CM de Patos de Minas é mais novo que outros, lá estávamos modulando de acordo com as outras CCAs, adaptando o trabalho e tivemos que mudar a abordagem. Mas em Goiânia, por exemplo, não houve problemas. A juventude já era muito preparada na questão virtual e nas redes sociais”, exemplifica.
Apesar da diversidade cultural, o elo que une a CJ na Região 5 é muito forte. “Nossos jovens são diferentes, de diferentes estados, mas iguais na vontade de ajudar. Colaboram não só com os próprios CMs e com a CJ, mas participam de todas as ações que a SSVP propõe. A juventude da Região 5 tenta sempre contribuir com as necessidades das Conferências, das Obras Unidas, com o pouco de conhecimento que eles possuem. É muito bonito de se ver”, sintetiza o confrade Marcos.
Enfim, o trabalho na Região 5 não para. “É um desafio encontrar meios de trabalho e eficiente para as Obras Unidas e nossos confrades e consócias por causa da distância, mas não paramos e temos conseguido. Apesar da distância geográfica, temos que criar alternativas para dar o melhor atendimento aos assistidos. Tem muita unidade, integração, partilha de conhecimento. A ajuda é mutua e permanente, somos muito sintonizados e o bom andamento dos trabalhos é consequência desse espírito de colaboração na Região 5”, define a vice-presidente, consócia Márcia.