A Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil (SSVP) terá um novo Código de Ética, com normas mais claras e objetivas. A decisão foi tomada neste sábado, na reunião Plenária Nacional, realizada em Venda Nova (região metropolitana de Belo Horizonte-MG). Lideranças vicentinas do Brasil todo estudaram o documento, e apontaram melhorias na redação do texto.
Os participantes debateram os 50 artigos que apontam um direcionamento dos membros para que eles ajam com ética, transparência e zelo no ambiente da SSVP, a exemplo da utilização dos espaços vicentinos e o posicionamento apartidário.
Para o confrade Jean Araújo, expositor do tema sobre o novo Código de Ética, este documento, que substitui o de 2013, vai “padronizar condutas e procedimentos, especialmente por parte dos que ocupam cargos de direção, reduzindo qualquer tipo de subjetividade das interpretações pessoais sobre os princípios morais”.
O texto foi aprovado por unanimidade pelas lideranças vicentinas. Ele será disponibilizado pelo Conselho Nacional do Brasil (CNB) a partir da semana próxima semana.
A assembleia ainda aprovou o Regimento Interno.
Para que os Pobres sejam realmente MESTRES e SENHORES
Este ano, a SSVP adota como tema ‘Mestres e Senhores’. Ele faz referência a uma citação de São Vicente de Paulo. Nela, Vicente diz que esta é uma bela forma de denominar os Pobres, pois Eles são a representação do próprio Jesus Cristo.
Na tarde deste sábado, os participantes da Plenária participaram de uma reflexão proposta pela Irmã Carolina Mureb (Filha da Caridade-FC), em que ela falou às lideranças vicentinas que se os Pobres são realmente ‘Mestres e Senhores’ é preciso tratá-los como tal. Não só por meio de discursos, mas ações. “Não basta saber a Regra de cor, não basta saber os versículos da Bíblia, se não demonstrarmos que lutamos pelos nossos Mestres e Senhores por meio dos nossos serviços ternos, úteis e cordiais”.
Irmã Carolina explicou que os trabalhos dos membros da Família Vicentina são um gesto de fé, oriundos do Carisma deixado por São Vicente de Paulo, Santa Luísa de Marillac e apropriado por Antônio Frederico Ozanam. “Vicente segue Jesus, que se apresenta como Servidor dos Pobres. A nossa opção pelos Pobres é fruto de uma experiência de fé. Não é convicção sociológica ou política. É uma experiência de fé porque quando estou com os Pobres e ‘viro a medalha’, é no Pobre que vejo Cristo’. Não servimos por vaidade ou poder, mas por amor”, complementa Mureb.
Projeto 13 casas
Segundo a ONU, 1,2 milhões de pessoas não possuem um teto para morar
A Família Vicentina (FV) quer que os Ramos – leigos ou consagrados – trabalhem juntos pela construção/reforma de casas. A embaixadora do projeto é a consócia Ada Ferreira. Ela explica que o ‘Projeto 13 casas’ faz referência ao número de imóveis que São Vicente comprou ao receber uma herança. Todos eles foram doados a pessoas em situação de rua.
A FV vai incentivar o engajamento dos vicentinos em ações para dar moradia digna aos sem-teto.
OFICINAS E ESPIRITUALIDADE
As lideranças vicentinas são presidentes de Conselhos Metropolitanos e a diretoria do Conselho Nacional do Brasil (CNB). Todos eles puderam conhecer os trabalhos da Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam (Ecafo), Departamento Missionário, Conferências de Crianças e Adolescentes (CCAs) e Comissão de Jovens (CJs). Os coordenadores ou representantes apresentaram um painel com as principais atividades desenvolvidas.
Uma das últimas atividades deste sábado foi um Momento Mariano. Os vicentinos rogaram as intercessões das sete padroeiras das Regiões que formam a SSVP: Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Rosa Mística, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL