Foi lançado no último sábado, dia 7, o livro do Ano Temático de 2025: “Conferências: a essência do trabalho da SSVP”, escrito pelo 2º Vice-presidente do Conselho Nacional do Brasil (CNB), Jean de Morais Araújo.
A escolha do tema foi explicada pelo Presidente do CNB, Márcio José da Silva: “Nos últimos anos, o Conselho Nacional do Brasil tem recorrido ao livro do ‘Ano Temático’ para guiar seus membros nas ações e reflexões da SSVP. Em 2025, o tema visa valorizar essa unidade fundamental da nossa Organização, ressaltando seu papel essencial no cotidiano e na missão de amparo aos mais vulneráveis. Nossas Conferências são locais onde os membros se reúnem para debater e desenvolver as ações de caridade, são consideradas o coração do trabalho vicentino. Não apenas um espaço de amizade, espiritualidade, mas, também, um ambiente de responsabilidade, pois são nas Conferências que se discutem as melhores formas de ajudar aqueles em situação de vulnerabilidade, sempre com o objetivo de promover autonomia e dignidade. Esta escolha temática reflete a importância dessas Unidades para a continuidade do trabalho vicentino e reafirma o compromisso da SSVP em transformar a realidade de quem mais precisa, inspirada nos valores cristãos de solidariedade e compaixão”.
O livro
O livro foi feito para relembrar, refletir e orientar. Com 108 páginas, conta com apresentação, introdução e é dividido em 32 temas importantíssimos, que abordam, entre outros assuntos, os objetivos e alcance do serviço, as visitas aos Pobres, a Regra, cargos, cuidados com a SSVP.
“O livro foi escrito para trazer reflexões sinceras sobre a importância das Conferências para a SSVP a partir de temas que afetam seu funcionamento. Um dos maiores desafios hoje é enfrentar a clara e sensível diminuição de vocações vicentinas e as consequências que isso traz para seu trabalho administrativo e, naturalmente, no atendimento aos Pobres. O que esse livro e o ano temático querem é fazer com que todos entendam que é preciso que voltemos nossas atenções para as Conferências. E façamos isso com urgência. Para enxergarmos claramente que elas são o que há de mais importante para a vida dos mais necessitados e da própria SSVP. Que sem elas não há o trabalho vicentino em plenitude: nem de Conselhos e nem de Obras Unidas e/ou Especiais. Mas, nem sempre, todos dão a devida atenção a elas no percurso da caminhada vicentina, no dia a dia”, afirma o autor.
Segundo Confrade Jean, trata-se de uma obra baseada em textos, reflexões, palavras e orientações de diversas pessoas em nome de Conselhos. “O conteúdo privilegiou a narrativa em terceira pessoa do plural, exatamente para evitar o individualismo e mostrar a importância do “nós” em lugar do “eu”. Boa parte do conteúdo está baseada em temas das Cartas de Agregação. Outros assuntos foram tirados, também, da Regra, de Circulares do Conselho Nacional, de palestras em eventos, artigos em meios de comunicação e redes sociais e entrevistas”, conta.
A experiência vicentina de mais de 30 anos também foi usada por Jean, que conta, também, sobre os desafios de escrever a obra. “Primeiro, os normais de qualquer um, de testar a persistência e a capacidade de criação. Realmente não é fácil escrever preocupado com o conteúdo adequado, em encontrar as palavras certas para o tipo de mensagem que se pretende passar ao público, enfrentar dúvidas, manter a consistência do texto e, além do mais, fazer isso sozinho, ainda que, no meu caso, tenha recorrido várias vezes a algumas pessoas. Agora, no meu caso pessoal, o maior desafio foi encontrar tempo dentro da rotina normal já atribulada para pensar todo o conjunto do livro, organizar e escrever os textos”, detalha.
A capa
Além do cuidado exigido no texto, a capa também foi preparada com muito refinamento, pelo Confrade Julinei Nogueira, de Sete Lagoas/MG: o desenho estilizado de sete pessoas, que remete aos fundadores, em reunião, representa as Conferências em perfeita união e harmonia, num clima de leveza e descontração. Criado numa linha única, simboliza a continuidade do legado – desde a pena do Confrade e Beato Antônio Frederico Ozanam, ao escrever a primeira Regra, até os dias atuais, onde abraçamos a diversidade. “Todos estão entrelaçados, mostrando que nossa missão atravessa gerações. Além disso, ele traz o crucifixo, representando Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor, e a imagem de São Vicente de Paulo, nosso grande inspirador, reforçando a essência da nossa fé e caridade – a nossa espiritualidade”, conta.