Jean Léon Le Prevost, um dos fundadores da SSVP, desempenhou um papel essencial nos primeiros anos da organização, contribuindo significativamente para fortalecer seu carisma vicentino. Foi ele quem propôs que a então Conferência de Caridade adotasse o nome da Sociedade de São Vicente de Paulo, enfatizando a espiritualidade e a missão de serviço aos mais necessitados.
Após a divisão da primeira Conferência em duas, Le Prevost assumiu a presidência da Conferência de Saint Sulpice, onde se destacou pela sua capacidade criativa e liderança inspirada. Suas ações fizeram com que essa Conferência fosse conhecida como a “Rainha das Conferências”.
Inspiração e Devoção
A convivência com os Pobres de Paris e a admiração por São Vicente de Paulo moldaram a trajetória de Le Prevost. Frequentador da capela dos lazaristas, ele se fortaleceu diante das relíquias do santo, buscando a fé necessária para ver Jesus na face dos marginalizados. Foi nesse espaço sagrado que nasceu a inspiração para fundar uma congregação totalmente dedicada ao serviço dos “Lázaros” da vida, as pessoas ignorantes pela sociedade.
O Sonho de Evangelizar
Le Prevost queria que os membros de sua congregação se dedicassem à evangelização das classes populares, que muitas vezes eram esquecidas. Essa inspiração divina tornou-se realidade em meio a um contexto em que a SSVP enfrentava limitações sazonais devido às férias escolares, quando muitos de seus membros – estudantes universitários – se ausentavam.
O Desafio e a Providência
Inicialmente, Le Prevost encontrou resistência ao compartilhar sua visão com um grupo de amigos que participavam de reuniões sobre projetos e experiências vicentinas. No entanto, as exceções divinas trouxeram dois futuros colaboradores: Maurice Maigner e Clément Myonnet. Com eles, em 3 de março de 1845, fundou o Instituto dos Irmãos de São Vicente de Paulo, com a missão de aliviar o sofrimento dos Pobres e trazê-los de volta à fé.
Presença no Brasil
Em 1958, os Religiosos de São Vicente de Paulo chegaram ao Brasil, estabelecendo-se em Marília/SP, e, atualmente, atuam em estados como Paraíba e Rio Grande do Norte. Com um trabalho que busca restaurar a dignidade de tantas vidas, a congregação continua fiel ao carisma de Le Prevost, centrado em Cristo e na espiritualidade vicentina.