O Janeiro Branco é um chamado à reflexão sobre a saúde mental, tema que ainda enfrenta estigmas na sociedade. A campanha, que acontece em janeiro, busca conscientizar a população sobre a necessidade de cuidar das emoções, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida.
Para abordar a importância desse tema, a SSVP Brasil conversou com Luciana Spina Fiorim, psicóloga da Santa Casa São Vicente de Paulo, em Tanabi/SP. Luciana destaca que, além de conscientizar, a campanha é um momento para reforçar a responsabilidade coletiva em cuidar da saúde mental. “Quando promovemos a saúde mental, estamos investindo em uma sociedade mais equilibrada e acolhedora. Esse movimento deve ir além de janeiro e ser contínuo”, ressalta.
O papel da SSVP e das instituições de saúde
A SSVP e instituições como a Santa Casa de Tanabi desempenham um papel essencial na disseminação da mensagem do Janeiro Branco. Por meio de campanhas educativas, acolhimento psicológico e ações comunitárias, essas instituições reforçam a importância de criar espaços de escuta e cuidado.
Luciana enfatiza: “Nosso compromisso é com a promoção de uma cultura de cuidado. Estamos à disposição para oferecer apoio psicológico e acolher quem busca ajuda. É fundamental mostrar que pedir ajuda não é fraqueza, mas sim um ato de coragem.”
Desafios para falar sobre saúde mental
Um dos principais desafios em abordar o tema saúde mental é o preconceito. Muitas pessoas ainda veem o cuidado emocional como algo secundário ou como um sinal de fragilidade. Além disso, a desinformação e a falta de acesso a serviços especializados são barreiras significativas. “Quebrar esses tabus exige conscientização e a criação de redes de apoio para aqueles que enfrentam dificuldades emocionais”, destaca a psicóloga.
Sinais de alerta e a importância do acolhimento
Reconhecer os sinais de que alguém precisa de ajuda é essencial para prevenir problemas mais graves. Luciana lista alguns indicadores, como mudanças bruscas de humor, isolamento social, falta de interesse em atividades diárias, alterações no apetite e no sono, e expressões de desespero ou angústia. “O diálogo aberto e o acolhimento são fundamentais. Muitas vezes, uma conversa pode ser o ponto de partida para que a pessoa busque ajuda profissional”, afirma.
Uma mensagem de esperança
O Janeiro Branco é uma oportunidade para reforçar que cuidar da saúde mental é um ato de amor próprio e também um compromisso com o próximo. Luciana conclui: “Saúde mental é sobre viver com qualidade e dignidade. Que possamos fazer do Janeiro Branco um marco de transformação, acolhendo, ouvindo e cuidando uns dos outros.”