História em Lar da SSVP comove inclusive o padre Marcelo Rossi

0
9084
D. Alta segura a mão do padre Marcelo Rossi

Depois de seis anos desaparecida, os filhos de D. Alta Maria da Silva (88) a reencontraram. Ela era uma das moradoras do Lar Bussocaba, Obra Unida da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) em Osasco, região metropolitana de São Paulo (SP). O fato da família estar junta novamente já é por si só emocionante, no entanto, os bastidores desta história revelam episódios ainda mais surpreendentes.

D. Alta é do interior de Pernambuco. Sempre foi uma mulher extremamente religiosa e que tinha um sonho: conhecer o padre Marcelo Rossi. Em 2014, destinada a se encontrar com o sacerdote, ela fugiu de Arcoverde (PE) com destino ao estado de São Paulo. Já tinha fugido outras vezes com este propósito, no entanto, era sempre reencontrada pelos familiares.

A filha Riosanee Rita Rodrigues da Silva (57) conta que, no dia desta última fuga, a mãe pediu para ir até uma Igreja da cidade de Arcoverde, enquanto a filha entrava em uma loja. Ao concluir a compra e chegar ao templo, D. Alta não estava mais lá. Começava uma saga angustiante atrás dela.

Rita – como a filha é mais conhecida –, e os três irmãos passaram meses procurando a mãe. Era participação em programa de rádio, fotos espalhadas na cidade, divulgação em redes sociais, ida a delegacias de Polícia, e nada. “Parecia que tinha aberto um buraco e minha mãe entrado dentro dele”, descreve.

Enquanto os filhos procuravam, D. Alta chegava a Campinas (SP). Não se sabe por qual motivo ela foi parar no interior, já que o possível destino dela era a capital de São Paulo, onde mora padre Marcelo Rossi. D. Alta tem transtornos psíquicos e não consegue contar sobre a viagem.

Ao perceberem que a senhora estava sozinha e não tinha um diálogo lógico, os moradores de Campinas a encaminharam para o Lar de Idosos local para que fosse cuidada. De lá, ela foi transferida para a Vila Mascote, em São Paulo. Tempos depois, houve o fechamento da Obra Unida, e D. Alta precisou ser remanejada para o Lar Bussocaba, em Osasco.

Passaram-se seis anos e a família nunca mais teve notícias sobre o paradeiro de D. Alta. Até o final do mês passado.

Era horário de visita. Um grupo de voluntários entrou para fazer companhia aos idosos, em especial aos que não têm familiares. Quando D. Alta viu um deles, disse-lhe: “Eu te conheço”. O rapaz afirmou que não, pois nem era de São Paulo. D. Alta insistiu: “Conheço sim. Eu te vendia picolé e manga quando você era menino”. O moço se espantou e lembrou dela. Disse-lhe que a família a procurava há anos.

Este homem, que ninguém sabe quem é e nunca mais foi visto no Lar, ligou para os contatos que tinha em Pernambuco e chegou até a família. “Quando eu recebi a foto e vi que era a minha mãe, chorei compulsivamente. Todos os dias, eu ia à capela e pedia ao Sagrado Coração de Jesus que me ajudasse a encontrá-la. Tenho certeza de que Ele me atendeu”, acredita Rita.

Letícia Ravieri da Luz é a administradora do Lar Bussocaba. Segundo ela, iniciava ali um trabalho de acompanhamento para verificar se a família era realmente de D. Alta, e se ela estava apta para receber a idosa. Em Pernambuco, os filhos se mobilizavam para buscar a mãe. Rita comprou passagens aéreas e precisou parcelar em 12 vezes. “Dinheiro a gente corre atrás; o importante é ter nossa mãe de volta”.

O reencontro aconteceu no início de fevereiro. A ex-moradora do Lar Bussocaba viveu duas emoções. Além de rever a filha, os funcionários da instituição se empenharam para levar as duas até o Santuário Mãe de Deus, onde padre Marcelo Rossi celebraria uma Missa. Quando soube da história de D. Alta, que fugiu de casa para encontrá-lo, fez questão de conhecê-la. “Foi tanta emoção que eu só chorava”, relembra Rita.

Depois do encontro, mãe e filha retornaram para Pernambuco. A família está unida novamente e muito feliz.

Mais detalhes desta história, você confere na edição maio/junho da revista Boletim Brasileiro.

 

Fonte: Redação do SSVPBRASIL

Comente pelo Facebook

LEAVE A REPLY