A cada ano que se inicia, temos como costume refletir, traçar metas de vida. E com a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) não é diferente. A Organização precisa planejar e suas unidades também, afinal, é necessário fazer a caridade de maneira organizada para que ela seja o mais eficaz possível e cumpra o seu papel de tirar os assistidos da situação de pobreza em que se encontram.
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Quando falamos em planejamento, falamos também da estrutura das nossas Unidades Vicentinas, sejam elas Conferências, Conselhos Particulares, Centrais ou Metropolitanos. E isso, certamente, passa pelas eleições de cada uma delas que acontecem de tempos em tempos. E encontrar vocacionados dispostos a assumir encargos é uma missão cada vez mais difícil. É necessário que este amor à SSVP extrapole os limites da caridade com os Pobres e chegue à estrutura da Sociedade. “O exercício da Caridade na SSVP exige de cada um de nós, estarmos dispostos não apenas a encarar os desafios, mas assumi-los. Os desafios são muitos em nossa caminhada vicentina, e um deles em especial, desde as Conferências, Conselhos e Obras Unidas, é especialmente importante quando pensamos a SSVP com uma Organização de leigos, que pela sua relevância e grandeza precisa ser organizada, disciplinada, regulamentada e estruturada administrativamente e documentalmente. Esse desafio importante para manter a SSVP viva, ativa e vibrante é os encargos diversos nas diversas Unidades Vicentinas”, afirma o Presidente do Conselho Nacional do Brasil (CNB), Márcio José da Silva.
O Presidente destaca a importância dos encargos para a estrutura da SSVP. “Todos eles existentes em nossas Diretorias são vitais para o êxito de nossa missão evangelizadora e caritativa junto aos mais Pobres. Como é triste, nos depararmos com Conferências, Conselhos ou Obras Unidas com mandatos vencidos ou por vencer, sem fazer corretamente nos prazos regulamentares os processos eleitorais que possibilitam a renovação de nossas lideranças. Mais triste e ainda mais lamentável é quando isso ocorre porque não se encontra vicentinos dispostos a confiarem na providência divina para lançarem suas candidaturas à presidência e, quando necessário, também a conselheiros fiscais”, define.
O que se vê, na prática, são os mais variados pretextos para não se assumir um encargo, como: “não tenho tempo, não tenho conhecimento, não estou preparado, não tenho capacidade, não posso, não quero, etc.”. E com isso, muitas vezes, as Unidades superiores, como Conselhos Metropolitanos ou o próprio CNB, têm que intervir nomeando as diretorias.
E esses pretextos não acontecem apenas quando se trata de assumir encargos na SSVP. Muitas vezes, eles são usados por nós em diferentes momentos das nossas vidas profissional, familiar, social. O tal protelar ou justificar não pode ter espaço quando falamos de fazer a Caridade efetiva e ativa.
Com essa realidade, o Presidente do CNB lembra que assumir um encargo não é um fardo, mas sim um ato de amor à SSVP, à Conferência, aos Pobres e, principalmente a Deus. “Não tenham dúvidas e nem receios. Confiem em Deus e na providência divina e se coloquem imediatamente à disposição da Messe junto aos mais Pobres, assumindo sem medo, dúvidas ou preocupações os encargos na SSVP. É preciso assumir! Não se permita não aceitar a oportunidade que Deus coloca diante de você para em nome Dele estar à frente, liderar, motivar e animar as Conferências, Conselhos e Obras Unidas, como Presidente ou Conselheiro Fiscal nos processos eleitorais. Não deixe de aceitar os encargos que lhe são oferecidos pelo presidente eleito como vice-presidentes, secretário(a), tesoureiro(a) ou coordenador(a) de Departamentos e Comissões na SSVP. Acredite, confie e se entregue ao chamado de Deus para assumir a liderança na Missão Vicentina, fazer a diferença na SSVP e ganhar de Deus a doce recompensa dada a todos os que se entregam de corpo e alma no serviço às coisas de Deus que nos garantem o Reino do Céu”, finaliza.
Portanto, se sua Unidade estiver em período eleitoral neste ano, faça essa reflexão com carinho e atenda ao chamado, que não é em prol de uma ou outra pessoa, mas sim, dos Pobres.
