Na festa litúrgica de São Vicente de Paulo, SSVP chama atenção para uma sociedade mais colaborativa em benefícios de todos

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Nesta segunda-feira, dia 27, é celebrada a Festa Litúrgica de São Vicente de Paulo. Diante do cenário atual é necessário refletir o que aprendemos com ele. O padre Emanoel Bedê Bentunes, Assessor Espiritual do Conselho Nacional do Brasil (CNB), reflete sobre a vida do Santo, que mesmo 400 anos depois, tem muito a ensinar à sociedade.

São Vicente passou 25 anos da sua vida procurando a si mesmo e nessa trajetória, segundo o padre Emanoel, ele encontrou a Deus e aos pobres. Com isso, deu início às obras e projetos que até hoje são desenvolvidos. “Ele encantou muita gente, sabia provocar o melhor das pessoas, tirar delas o melhor que elas tinham a dar”, conta Emanoel. 

Um dos exemplos é o da Santa Luísa de Marillac, que foi companheira de São Vicente nos trabalhos na sociedade. Juntos fundaram as Filhas da Caridade e com esse trabalho, o Santo ajudou-a a encontrar o seu potencial, tornando- se uma personalidade fantástica.

“O trabalho dele no século 17, na sociedade francesa, fez com que muitas pessoas mudassem a percepção do mundo sobre a pessoa dos pobres. Ele conseguiu revolucionar a igreja e isso fez com que São Vicente pudesse fazer muito para salvar a vida das pessoas”, relembra o padre. Outro talento dele era a habilidade de agregar muitas pessoas ao seu redor, desde a corte até os mais pobres. Isso fez com que seus projetos pudessem beneficiar ainda mais quem precisava.

Atualmente, diante do cenário em que o país vive, o padre Emanoel enfatiza que as pessoas devem se questionar “O que que podemos fazer?” para tornar a sociedade melhor, um exemplo do que Jesus Cristo revelou quando descreveu o Evangelho. “Nas cidades grandes, onde a realidade de pobreza é ainda maior, nessa pandemia  o número de moradores de rua aumentou significativamente, e não basta simplesmente levar uma ajuda imediata, que é importante nesse momento, mas não podemos ficar só nisso”, enfatiza o religioso.

São Vicente convoca as pessoas, assim como inspirou Frederico Ozanam, a trabalhar com os vicentinos, fazer parcerias para ajudar às diversas realidades que o Brasil possui. Um projeto que ilustra bastante a vida do santo e remete aos dias atuais é a Aliança da Família Vicentina com os sem-teto, a campanha das 13 casas. Emanoel relembra a ação, pois é necessário construir parcerias para poder ajudar essas pessoas que não tem onde morar.

“A família vicentina é incentivada a se juntar para dar resposta e esse convite, para que possamos atender refugiados, sejam de guerras, de perseguições, ou pessoas que saíram do campo e que vieram a cidade não tem como se virar não tem onde morar. Ou seja, as mais diversas realidades”.

Com isso, a reflexão que o padre Emanoel deixa a sociedade São Vicente de Paulo é que se interroguem para saber o que mais pode ser feito, olhando para dentro de si, o que é possível fazer para ir um pouco mais longe, construir um mundo que gere vida em abundância para todos. Deixar de lado peculiaridades, diferenças e se unir para ajudar as pessoas, mudar as realidades da sociedade, e tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e humano.

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