Hoje comemoramos o Dia Nacional e Internacional do Idoso. Dia para pensar o como são tratadas essas pessoas que tanto fizeram por nós e por nosso país. Dia de reforçarmos os direitos e cuidados com eles.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é toda pessoa com 60 anos ou mais. Mas hoje em dia, a população com mais de 60 anos encontra-se, em sua grande maioria, ativa. Os tempos mudaram, a qualidade de vida aumentou, assim como a longevidade. A expectativa de vida no Brasil subiu para 76,8 anos em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com dados deste ano do Instituto, a população idosa brasileira, com 60 anos ou mais, chega a quase 15% do total.
Infelizmente, não é de agora que a população idosa é esquecida pelas autoridades políticas e tratada, em sua maioria das vezes pela sociedade em geral, como inválida. Não são raros os relatos de abandono. Pensando em como cuidar dessa população, a SSVP inaugurou no Brasil seu primeiro Lar de Idosos em 1909, em Goiânia.Durante muito tempo, essas instituições, hoje chamadas de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), eram tratadas como “depósitos de idosos”, mas nos lares da SSVP essa realidade é muito diferente. Eles recebem os cuidados médicos, psicológicos e emocionais necessários para viverem a última fase da vida com dignidade e respeito.São 526 lares espalhados por todo o país, atendendo pelo menos 15 mil idosos. “Se a filantropia busca atender aqueles em vulnerabilidade e verdadeiramente Pobres, o lar de idosos talvez seja o único lugar que vai acolher e cuidar destes idosos no fim da vida”, explica o confrade Sando Roberto Poleto, Coordenador Nacional do Denor.
Sandro conta que de todos os lares de idosos existentes no Brasil, 70% são particulares, com custo médio de acolhimento em torno de R$ 4.500,00. “Os outros 30% são de lares filantrópicos. E deles, 80% são da SSVP. Ou seja, fazemos um trabalho muito grande neste país. E com muito zelo e amor. A SSVP é considerada referência em muitas cidades e estados que atua pela maneira como trata seus idosos. Não basta querer cuidar, é preciso cuidar bem”, conta.
O presidente do CNB, Márcio José da Silva, destaca que o trabalho feito nos lares administrados pela SSVP é uma força conjunta dos funcionários e dos vicentinos e que o Poder Público precisa começar a entender sua participação nesse processo e não se eximir das suas obrigações. “Temos que agradecer, primeiro, todos os nossos funcionários pelo belo trabalho que eles fazem São 12.200 funcionários que tem diariamente o cuidado com nossos idosos. É um trabalho de excelência, feito com cuidado, carinho e amor. Segundo, os todos os vicentinos, que mesmo lutando lá em suas Conferências semanalmente para atender nossos Pobres, também dispensam tempo do seu dia para poder atender nossos lares, como presidente, tesoureiro, conselheiro fiscal de nossos lares. O grande desafio é fazer que o Poder Público entenda que é dever dele cuidar de nossos idosos, que A Sociedade de São Vicente de Paulo, porque é uma organização de caridade, faz esse trabalho porque o Poder Público não consegue fazer. O Poder Público tem que entender que a responsabilidade por aquele idoso que está dentro dos nossos lares também é dele, também é da família e nossa, porque estão sob nossos cuidados. Temos que cuidar e cuidar bem. E sabemos que nos lares da SSVP isso acontece, apesar dos custos e das dificuldades”, avalia.