O confrade Vicente de Paula Vivas (53), a esposa Marli e as duas filhas – Tatiane (27) e Leidiane (24) – são membros da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), onde, semanalmente, se colocam a serviço de famílias que passam por dificuldades financeiras, problemas de relacionamento e a falta de Deus. É uma família cuidando de tantas outras famílias.
E o trabalho desses vicentinos que moram em Campo Belo (MG) ganha um significado especial nestes dias que se seguem. Ele vira inspiração para toda a sociedade que é convidada a refletir e agir em prol de grupos familiares cujos valores vêm sendo destituídos. Celebra-se entre 14 e 21 de agosto a Semana Nacional da Família, data instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, que é comemorada desde 1992 na semana seguinte a do Dia dos Pais, e em agosto, por ser o mês vocacional.
As comemorações deste ano da Semana da Família estão em sintonia com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco. O tema é “Misericórdia na família: dom e missão”.
Além da reflexão das temáticas feita em todas as Paróquias do Brasil, em resposta concreta ao evento, é lançado o subsídio “Hora da Família”, que sugere encontros participativos e celebrativos, envolvendo a comunidade, lideranças, crianças, jovens e adultos. Ele pode ser adquirido pelo e-mail: [email protected]
Ainda em celebração à Semana Nacional da Família, conheça a história da família “Vivas”, citada no início desta matéria, que se diz mais unida por servir junta à SSVP.
“A SSVP nos faz ficar mais tempo juntos e nos empenharmos por uma causa justa”
O confrade Vicente tem a graça de saber que todos os membros da casa dele são vicentinos. Ele conta que não só os assistidos se beneficiam do contato com os “Vivas Sousa”, como a própria família ficou ainda mais unida desde que ingressou nas fileiras vicentinas. Fazem visitas juntos, discutem em casa os problemas dos Pobres que visitaram e rezam juntos por Eles. “Estou muito feliz por tantas graças que recebemos por trabalhar na SSVP. É uma segunda família que formamos e, isso, me dignifica muito. Ver minha família unida me faz acreditar que o mundo tem jeito. O mundo pode ser melhor se começarmos a mudar dentro de nossas casas. A SSVP nos faz ficar mais tempo juntos e nos empenharmos por uma causa justa”.
Os vicentinos são membros da Conferência São Cristóvão, na área do Conselho Central de Campo Belo e Conselho Metropolitano de Formiga. Também é na unidade vicentina que participam que eles encontram forças para seguir adiante. “A Conferência é muito importante, pois nos ajuda a chegar mais perto dos nossos irmãos mais necessitados e nos ajuda a ter uma visão melhor do nosso dia a dia”.
Filhas foram as primeiras vicentinas
Ao contrário da maioria dos lares vicentinos, em que o amor pela SSVP passa de pai para filhos, na casa dos “Vivas Sousa”, as filhas foram as primeiras a participar de uma Conferência Vicentina. Tatiane e Leidiane receberam o convite para conhecer os trabalhos da Conferência São Cristóvão, gostaram e nunca mais deixaram de frequentar as reuniões. Depois, convidaram a mãe e, por último, recrutaram o pai. Eles se dedicam ao trabalho caritativo há 12 anos.
A filha Tatiane, que atualmente é a presidente da Conferência São Cristóvão, também se orgulha por ter uma família toda vicentina. “Sinto-me muito feliz. Há muita desunião no mundo e vejo famílias sendo destruídas por pouco, por não pararem para conversar. Graças a Deus, ver a minha família unida me dá forças para ir cada vez mais adiante, pois sei que tenho o apoio deles e, quando eu falhar, sei que posso encontrar refúgio nela”.
O fato de visitar os assistidos ao lado do pai, mãe e irmã também é motivo de alegria para Tatiane. “Eu me sinto feliz em saber que tenho o apoio dos meus. O trabalho vicentino não é fácil, é uma luta diária, afinal estamos trabalhando com vidas! É uma responsabilidade muito grande”.
AMORES LAETITIA
O papa Francisco lançou no último dia 8 de abril a Exortação Apostólica Amores Laetitia, cuja tradução é “A Alegria do Amor”. O documento pede que a família seja um lugar de amor, irradiando-o para toda a sociedade.
No texto, Francisco recomenda: “Nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. (…). Todos somos chamados a manter viva a tensão para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites, e cada família deve viver neste estímulo constante. Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! (…). Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida”.
FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL