No Brasil, a Lei nº 9.608/1998 estabeleceu a data de 28 de agosto como o “Dia Nacional do Voluntariado”. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 7,3 milhões de voluntários no Brasil, atuando nas mais diferentes esferas de apoio, junto a escolas, comunidades, associações, esportes, crianças ou periferias das grandes cidades. Os vicentinos brasileiros, ao redor de 150.000 pessoas, estão incluídos nesse formidável “exército cidadão de almas generosas”, cuidando especialmente de famílias carentes por meio da visita domiciliar.
Voluntário, segundo prevê a legislação, é “a pessoa que executa alguma atividade não remunerada, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social”. Portanto, o voluntário é aquele cidadão que colabora sem querer receber nada em troca. O voluntariado é considerado, evidentemente, uma atividade empática e altruísta (“pensar no outro”) no qual alguém – coletivamente ou sozinho – oferece ou fornece serviços sem ganhos financeiros, para beneficiar outra pessoa, grupo ou organização.
O voluntário, ao empreender campanhas ou ações de ajuda ao próximo, acaba por desenvolver novas habilidades para si próprio, além dos benefícios naturais gerados para a pessoa que é foco do apoio solidário. O voluntário vive mais, tem menos doenças, aprende coisas novas, abre a mente e os horizontes, valoriza mais a vida e ganha novos amigos, segundo apontam estudos elaborados por renomadas instituições de ensino internacionais.
Além do trabalho voluntário, há ainda o conceito de “voluntariado empresarial”, dirigido para a responsabilidade social das organizações. É uma postura que as empresas vêm adotando, comprometendo-se com a ética e desenvolvimento sustentável, e que traz impactos positivos para todos os seus públicos, clientes e fornecedores. A responsabilidade social empresarial é um diferencial competitivo que produz a fidelização dos clientes e a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Segundo o Instituto Ethos de Responsabilidade Social, a “empresa socialmente responsável” é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes envolvidas no negócio da empresa (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente), mas consegue incorporá-los no planejamento de suas atividades, gerando benefícios para a comunidade ao redor.
Como percebemos, ser voluntário é, acima de tudo, doar “tempo, trabalho e talento” para dedicar-se a causas de interesse social e comunitário, e, com isso, melhorar a qualidade de vida das pessoas mais necessitadas, construindo um mundo mais solidário. Todo mundo pode ser voluntário – bastam disposição, boa vontade e comprometimento. Mas, por onde começar? Para os que ainda não realizam nenhum trabalho voluntário, indicamos os vicentinos como uma opção concreta para a prática do voluntariado, por meio das visitas domiciliares ou nas demais obras sociais mantidas pela entidade, como creches, lares de idosos e centros comunitários. Bastam poucas horas por semana para ajudar e fazer as pessoas felizes! Venha ver como é bom ser vicentino e como é bom ajudar ao próximo!
Confrade Renato Lima
16º presidente-geral da SSVP