A vaidade feminina virou oportunidade de trabalho em Juiz de Fora (MG). Ao perceberem que a cidade tinha mercado para profissionais trabalharem de manicure, membros da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) decidiram qualificar mulheres de baixa renda para o serviço. A iniciativa começou a funcionar com recursos dos Projetos Sociais do Conselho Nacional do Brasil (CNB).
O curso de manicure já existe na cidade há 4 anos. Ao longo desse tempo, qualificou cerca de cem mulheres para trabalharem de manicures. Os números são ainda mais surpreendentes quando envolve a promoção. “Cerca de 70% das alunas já trabalham na área; algumas montaram salão e têm hoje até funcionárias”, conta toda orgulhosa a consócia Clélia Adélia da Silva Costa.
As aulas são ministradas por professores voluntários sempre à noite, na sede do Conselho Particular Santa Rita de Cássia. Os vicentinos cuidam de tudo. Desde a preparação dos materiais até o lanche oferecido às aulas. “Muitas delas são carentes e como é que aprende de barriga vazia?”, questiona a consócia Clélia.
Para manter o curso, os idealizadores contam com doações de membros da sociedade e de donos de salão de beleza, que repassam itens que não usam mais.
Ver o sucesso do projeto é algo indescritível para a consócia Clélia. “Distribuir cesta básica qualquer um faz, agora ouvir o clamor dos Pobres é tarefa para vicentino. Nós queremos mostrar a essas alunas que é possível ter uma vida melhor por meio do trabalho”.
Segundo a Associação dos Donos de Salões de Beleza, o salário de uma manicure é de em média R$1 mil. A vaidade das mulheres aquece esse setor que emprega, hoje, 30 mil manicures.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL