O Jubileu de Ouro da Romaria Nacional dos Vicentinos ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida (SP) precisou novamente ser adiado. A festa, que aconteceria em dezembro, será nos dias 2, 3 e 4 de julho de 2021. A alteração visa a segurança dos romeiros diante da pandemia do novo Coronavírus, seguindo as orientações do próprio Santuário.
O município de Aparecida segue o Plano São Paulo que é uma estratégia consciente de retomada dos serviços durante a pandemia. O plano é dividido em quatro etapas:
- vermelha (primeira fase, com a permissão apenas dos serviços essenciais)
- laranja (segunda fase, com capacidade de 20% de lotação dos estabelecimentos e limite de horários)
- amarela (terceira fase, com capacidade de 40% de lotação e limite de horários)
- verde (quarta fase, com capacidade de 60% de lotação)
Com o crescente número de casos da Covid-19, Aparecida ainda está na fase laranja. Se houver uma melhora acentuada na situação, o município poderá atingir a etapa verde até dezembro. Nesta fase há uma flexibilização maior, no entanto, não a ponto de permitir a perfeita realização de um evento do porte da Romaria Nacional dos Vicentinos, quando são reunidas cerca de 40 mil pessoas.
Se o Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo (CNB/SSVP) insistisse na manutenção da Romaria, além de expor os vicentinos aos riscos da contaminação, teria que fazer uma festa muito reduzida e totalmente diferente do que acontece no maior evento vicentino do mundo. Por exemplo: apenas 60% do público poderia participar, mediante inscrição. Nas atividades, o distanciamento seria de no mínimo 1.5 metro entre cada romeiro, com filas e espaços demarcados.
Também esta é uma hipótese. Se a cidade não reduzir os índices de contágio, que em cada fase implica em 28 dias consecutivos sem o aparecimento de um novo caso da Covid-19, o município pode não mudar de etapa, o que aumentariam as medidas restritivas. Para se ter uma noção: hoje, as Missas na Basílica são celebradas com o número limitado de participantes, no entanto, não é permitida a entrada de ônibus de excursões em Aparecida.
O presidente do Conselho Nacional do Brasil, confrade Cristian Reis da Luz, está muito triste com esta decisão recomendada pelo Santuário, no entanto, ciente de que é preciso respeitá-la para o bem de todos. “Já vivemos um ano difícil e nos entristece ainda mais não poder nos reencontrarmos, como tradicionalmente fazemos na casa da Mãe Aparecida. Mas precisamos respeitar as normas de segurança, porque cuidar da saúde uns dos outros é mais que um dever, é uma obrigação nossa enquanto vicentinos, zeladores incondicionais da vida”.
A consócia Elisabete Castro, primeira vice-presidente do CNB e coordenadora nacional da Romaria, complementa que a beleza da Romaria está na reunião, no reencontro, no abraço, atos estes que não podem acontecer em 2020. “Para nós, é importante que todos participem, ainda mais neste evento tão importante que vai comemorar os 50 anos da peregrinação. Não seria justo limitar quantas pessoas poderiam celebrar a data”.
Por que a Romaria será em julho?
A data da Romaria é definida com a administração do Santuário Nacional e acontece geralmente em abril. Só que a Basílica não tem mais agenda disponível para este mês no ano de 2021.
O CNB tentou transferi-la para as proximidades do dia 22 de agosto, quando se celebra a beatificação de Ozanam, mas a data também não estava disponível, por isso, foi necessário optar pelo início de julho. “Vai ser a Festa de Ozanam e os 50 anos das Romarias do mesmo jeito. A comemoração continuará grande e seguindo o seu ritmo. Sabemos que não é o mês de Ozanam, mas é a saída para a segurança dos nossos romeiros vicentinos e de todas as pessoas que participam de nossa Romaria”, conclui o presidente Cristian Reis.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL
Seja feita a vontade de Deus. Vamos relembrar quando Jesus disse a Maria: minha hora ainda não chegou. Deus sabe de tudo. Na certa Deus nos deu um grande livramento. Vamos continuar em oração. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!