Toda a população sofre com as mudanças climáticas, no entanto, os impactos são ainda maiores entre as pessoas Pobres. Quando se tem uma tragédia natural, por exemplo, são as famílias em situação de pobreza que ficam à mercê de alojamentos públicos, sem acesso a medidas sanitárias e com poucas perspectivas de recomeço de vida. Pensando nelas, o Papa Francisco emitiu um comunicado aos participantes da 22ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro ONU sobre Mudanças Climáticas (Cop 22), na semana passada.
No comunicado, Francisco explica. “A Cop 22 é uma etapa central deste percurso que incide sobre toda a humanidade, em particular sobre os mais pobres e nas gerações futuras que são a componente mais vulnerável do impacto preocupante das mudanças climáticas e nos lembra a responsabilidade ética e moral de agir sem demora, de forma livre de pressões políticas e econômicas, superando interesses e comportamentos particularistas”.
A mensagem de Francisco foi entregue ao Ministro das Relações Exteriores e da Cooperação do Reino do Marrocos, Salaheddine Mezouar, anfitrião do evento, já que a reunião acontece em Marrakech.
O Sumo Pontífice também comentou sobre o ‘Acordo de Paris’, que pede o comprometimento coletivo no cuidado com o meio ambiente. “A rápida entrada em vigor do acordo reforça a convicção de que podemos e devemos veicular a nossa inteligência para encaminhar a tecnologia, cultivar e limitar o nosso poder, e colocá-los ‘a serviço de um outro tipo de progresso, mais saudável, mais humano, mais social, mais integral’, capaz de por a economia a serviço da pessoa humana, construir a paz e a justiça, e salvaguardar o ambiente”.
O acordo, conforme explica o Papa, incentiva “a solidariedade para com as populações mais vulneráveis e se baseia nas fortes ligações existentes entre a luta contra as mudanças climáticas e a pobreza. Embora sejam muitos os elementos técnicos chamados em causa nesse âmbito, estamos conscientes de que não se pode limitar tudo à dimensão econômica e tecnológica: as soluções técnicas são necessárias mas não suficientes; é essencial e necessário considerar atentamente os aspectos éticos e sociais do novo paradigma de desenvolvimento e progresso”.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL