No Dia do Inventor, SSVP homenageia vicentinos que criam maneiras de seguir trabalhando na pandemia

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Van da caridade entrega cestas básicas na Índia. Crédito: Conselho Geral Internacional

Hoje, 4 de novembro é comemorado o Dia do Inventor. Segundo o dicionário, inventor é aquele que, por sua engenhosidade, estudo, inventividade, cria ou criou algo novo, original. Dada esta definição, podemos considerar nossos confrades e consócias verdadeiros inventores durante esta pandemia da COVID-19. Os vicentinos e a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) tiveram que inventar e reinventar maneiras de fazer o seu trabalho e de chegar aos Pobres. E isso aconteceu de maneira global, não apenas no Brasil. Ideias e criatividade não estão faltando para que a caridade seja praticada e as Obras sejam mantidas.

O 16º Presidente-geral da SSVP, confrade Renato Lima, destaca o quão importante é a invenção/reinvenção dos vicentinos neste momento. “O confrade e a consócia são artífices de uma nova sociedade, construída com base na caridade, no serviço e na fé. Todos os dias, os vicentinos se reinventam para encontrar uma forma criativa e inovadora de praticar a caridade. O Espírito Santo, que ilumina a nossa querida Sociedade, renova em nós a maneira de praticar o bem, sempre buscando maneiras de ajudar a quem mais precisa. Neste sentido, por que não dizer, somos também inventores de uma nova cultura, uma cultura da paz, da caridade e do amor, baseada em Cristo, em São Vicente e nos sete fundadores. Essa é a nossa identidade e missão maior: construir uma sociedade mais fraterna, como o papa defendeu na Encíclica Fratelli Tutti”, ressalta.

Quando a pandemia começou em março, o Conselho Geral não parou, tomando 20 medidas administrativas, como a suspensão das atividades presenciais, de viagens institucionais, o adiamento de eventos internacionais, a mudança da Plenária Anual de 2020 para outra data e em forma de videoconferência, a mudança da data de inauguração da nova sede internacional em Paris, entre outras. Em termos de ações vicentinas, foram mais de 50 iniciativas por todos os países onde a SSVP atua.

As ações inventivas dos vicentinos para esta nova cultura estão espalhadas pelo mundo e têm feito toda a diferença na manutenção das Obras Unidas e da chama vicentina. Os exemplos são vários durante esta pandemia. “Na Índia, foi criada a van da caridade, com a entrega de cestas básicas aos moradores de rua; na França fizeram a campanha “Caridade na Quarentena”, junto aos viúvos e viúvas desamparados; na Austrália, os vicentinos criaram uma campanha popular de conscientização de sobre como evitar a doença intitulada ‘Depois dos incêndios florestais, agora, atacar a Covid’”, destaca o 16º Presidente-geral.

Os exemplos seguem se espalhando pelo mundo e sendo espelho para outros países. O 16º Presidente-geral, segue enumerando as maneiras inventivas dos vicentinos para não perder o foco durante a pandemia. “ Na Irlanda foi live musical, que arrecadou 1 milhão de euros para os mais Pobres; nos Estados Unidos os lares de idosos e sedes de Conselhos foram transformados em pontos de atendimento ao Covid-19, pondo nossos prédios vicentinos (muito ociosos) ao serviço da caridade, como abrigos satélites; no Líbano, a padaria “Monsenhor Vicente” está sendo usada para a produção de pães e distribuição aos refugiados e sem-teto; na Nova  Zelândia foram criados os ‘bazares vicentinos’, que fazem a entrega de roupas, calçados e utensílios para os mais pobres. Os doadores entregam as doações por drive thru”, conta o confrade Renato.

Ações também estão sendo praticadas na Escócia, onde as Conferências de Crianças e Adolescentes (CCAs) fizeram campanha de conscientização nas escolas, na Espanha com a utilização dos restaurantes comunitários mantidos pela SSVP no combate à Covid e duplicação da entrega de doações, em Gana os jovens vicentinos fizeram campanha nas redes sociais; entre tantas outras ações nos mais diferentes países.

E o Brasil não fica atrás. Aqui, nossos “inventores” vicentinos também colocaram a criatividade em ação e criaram a Rede de Afeto e a Rede de Caridade, que também estão sendo exemplos de boas ações neste período tão crítico.

A Rede de Afeto foi criada há quatro meses com o objetivo de levar amparo psicológico aos confrades e consocias membros das conferências vicentinas de todos os 36 Conselhos Metropolitanos do país e aos colaboradores das Obras Unidas durante a pandemia da COVID-19 e agora vai ampliar seus atendimentos para fora da SSVP, abrangendo a população em geral.

Já a Rede de Caridade foi criada para incentivar doações e apoio aos 34 mil idosos que moram nos Lares da SSVP. Os voluntários podem fazer doações em dinheiro na plataforma digital criada especialmente para a campanha, seja por meio de boleto bancário ou cartão de crédito. Basta acessar o site www.rededecaridadessvp.com.br e fazer a doação. Lares de diferentes cidades estão sendo ajudados por meio desta iniciativa vicentina, que tem tudo para se manter no pós-pandemia.

Seguir se reinventando, inventando novas formas de agir, de trabalhar, de chegar a quem precisa e de espalhar o espírito vicentino é um desafio a ser cumprido dia a dia, mas que nossos confrades e consócias têm feito com muito êxito. Como dá para ver, as invenções não precisam ser patenteadas ou grandes descobertas científicas para terem um enorme valor. Então, feliz Dia do Inventor para todos os vicentinos, que não se deixam abater pelas dificuldades e sempre encontram uma solução para ajudar ao próximo!

Quer saber mais sobre as ações criativas e inventivas dos vicentinos espalhadas pelo mundo? Acesse: https://www.ssvpglobal.org/noticias

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