Encontrar alguém e ouvir “Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!” e poder responder “Para Sempre Seja Louvado” é muito mais do que saudar um vicentino. É um ato de fé, amor ao próximo, encontro e aconchego. A saudação vicentina é característica do Brasil e uma marca da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). E hoje, 21 de novembro, Dia da Saudação, ressaltamos a importância destas frases para os confrades e consócias.
Não se sabe ao certo quando ela começou a ser utilizada pelos confrades e consócias do Brasil, mas, segundo o presidente do Conselho Nacional, confrade Cristian Reis da Luz, a saudação vicentina usada em outros poucos países de língua portuguesa, como São Tomé e Príncipe, no Golfo da Guiné.
O presidente do CN destaca duas grandes importâncias da saudação para os vicentinos. “Primeiro, é uma maneira de nos identificarmos e segundo, mas não menos, importante, é uma forma de louvor ao próprio Cristo”, define.
O confrade Cristian ressalta que a saudação vicentina é uma tradição no Brasil e que nem o tempo nem as tecnologias devem apagar. “Hoje para se ter uma ideia, em tempos de mensagens de What’s App, temos até uma abreviação para iniciarmos nossa conversa: LSNSJC e PSSL. Isso vem antes de qualquer outra saudação, como bom dia, boa tarde e boa noite. Seja nos encontros presenciais, seja virtualmente”, conta.
A saudação é uma maneira de identificar quem de fato segue a Regra, participa das conferências e atua no trabalho vicentino. Há 62 anos na SSVP, o confrade Hélio Pinheiro da Cunha, do Conselho Metropolitano de Governador Valadares, encontra na saudação o conforto de reconhecer um irmão ou irmã vicentina.

“Eu trabalhei no serviço público por 26 anos e o povo se admirava porque eu usava a saudação quando encontrava os confrades e consócias na repartição. Eu fui criado em Barbacena, mas quando passei no concurso público estadual para fiscal, escolhi Governador Valadares para trabalhar porque tinha mais vicentinos na cidade”, relembra.
O confrade recorda de uma história em que a saudação foi essencial para identificar um “falso” vicentino. “Havia uma pessoa fazendo coleta em nome dos vicentinos na rua. O confrade Leão era conhecido na cidade, foi avisado pela polícia e foi identificar o suposto vicentino. Ao chegar lá, ele falou para a pessoa ‘Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo’ e a pessoa não soube responder, falou ‘amém’. Ali mesmo ela foi desmascarada e presa. Ou seja, a saudação além de ser um cumprimento, uma referência a Cristo, ainda serviu para que o nome da SSVP não fosse usado para o mal”, conta.
Hélio lembra que entrou na SSVP ainda jovem, quando morava em Barbacena. “Meu pai era vicentino e chamou a mim e meus irmãos para irmos na Conferência. Eram outros tempos e eu não queria ir porque achava que ia ter que usar chapéu, paletó e gravata. Fui muito bem recebido e com o tempo vi que as vestes não eram necessárias e fui me envolvendo. Lá se vão 62 anos, uma esposa vicentina e duas filhas. Minha esposa, conheci na SSVP”, resume ele, que por quase 20 anos foi membro do CN e hoje frequenta três conferências (Santo Antônio, São Lucas e nossa Senhora da Penha).
Ao longo dos seus 80 anos e 62 anos de vida vicentina, o confrade explica com muita propriedade o que sente ao ouvir a tradicional saudação. “Me sinto rejuvenescido. Gosto dela. Não tenho vergonha de falar, de responder, não interessa onde estiver. Me sinto fortalecido, ganho o dia, chego até a arrepiar. Enquanto eu viver, vou falar a saudação. Vai até o final da minha vida”, finaliza.
Todo esse prazer em fazer e ouvir a saudação é destacado também pelo presidente do CN, que ainda faz uma recomendação: “A saudação indica a vivência na Conferência, que é nossa base. É muito importante que não se abrevie ou mude. É essencial falar sempre da forma completa. Não apenas como identificação, mas como louvor a Cristo.”

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