Participei, a convite do CNB, da confraternização de despedida da gestão do presidente Cristian Reis da Luz. Um final de semana em Minas Gerais, começando em Belo Horizonte e terminando magistralmente no Santuário de Caraça, em Catas Altas.
O que vi e senti relato nas próximas linhas. As mais de 200 fotos e palavras são pouco para definir o que foi vivenciado nesse final de semana.
Por Marina Prado
A História do Trem do CNB – Chegadas e Partidas
E o trem se aproxima da parada final.
Sim, como disse o presidente Cristian na viagem à Caraça, outro condutor assume, novos passageiros sobem a bordo, mas a viagem segue com o propósito de servir ao Pobre, de ver a base se consolidar e de fazer a entidade crescer.
Foram três dias para um balanço de uma gestão tão peculiar e única. Peculiar e única não apenas pelas pessoas a bordo do trem, pois nisso cada gestão é única. Mas por uma questão mundial de pandemia, que mudou o jeito dos vicentinos trabalharem e que forçou a criatividade de cada Conferência, Conselho Particular, Central, Metropolitano e Obra Unida…
O balanço foi, literalmente, uma colcha de retalhos de emoções e sentimentos. Gratidão, servir, amor, resiliência, trabalho, união, superação, amizade e aprendizado. Pedaços dessa colcha confeccionada ao longo desses quatro anos da diretoria.
Momento de celebração, de relembrar cada conquista e cada dificuldade. Momento de olhar para trás, mas, sobretudo, de olhar para frente e pensar no futuro.
A transição estava ali. Sendo feita com amor, cuidado e respeito. Respeito sim à Regra, mas, principalmente, respeito ao propósito de servir e ao ser humano.
O que se viu no olhar e nas palavras desses quase 50 vicentinos, entre presidente, vice-presidentes, coordenadores e colaboradores foi o sentimento de trabalho em grupo, de unificação e união, de dever cumprido e a certeza de que o trem deve e vai continuar nos trilhos.
Ah, a pandemia… Como não falar dos reflexos da Covid 19 no trabalho e no dia a dia dos vicentinos….
As dificuldades no reunir, no agir, no trabalhar estavam ali, nos quatro cantos do país, em todas as regiões, em cada departamento. O medo dessa doença até então desconhecida e o esgotamento não acabaram com a vontade desses confrades e consócias de trabalhar A pandemia ceifou vidas, empregos, comida na mesa de tantos brasileiros, mas não ceifou o amor e a vontade de servir. Os vicentinos se viram forçados a se reinventarem e estão cumprindo essa tarefa de norte a sul, com todas as dificuldades de cada localidade.
Homens e mulheres, esses confrades e consócias mostram esse amor e as lições de Ozanam no olhar, na fala, no trato com o próximo. Mesmo que este próximo não seja da SSVP.
O balanço dos quatro anos da gestão do presidente Cristian foi uma aula de serviço ao próximo, de como entender a partida e de como preparar a entidade para a chegada do novo condutor.
“Que a vida é trem bala, parceiro e a gente é só passageiro prestes a partir”
(Trem Bala – Ana Carolina Vilela da Costa)