Em 1950, o papa Pio XII definiu a Assunção de Maria como dogma, ou seja, como ponto referencial de sua fé. Maria, no fim de sua vida, foi acolhida por Deus no céu “com corpo e alma”, ou seja, coroada plena e definitivamente com a glória que Deus preparou para os seus santos. Assim como ela foi a primeira a servir Cristo na fé, ela é a primeira a participar na plenitude de sua glória, a “perfeitissimamente redimida”. Maria foi acolhida completamente no céu porque ela acolheu o Céu nela, inseparavelmente.

Maria foi serva e, por isso, soube colaborar com as maravilhas de Deus. Soube doar-se e entregar-se totalmente ao projeto de Deus, ou seja, viveu a radical doação aos outros, a simplicidade, a generosidade sem cálculo e a solidariedade com os pobres.

A vida de Maria, a “serva”, assemelha-se à do “servo”, Jesus, “exaltado” por Deus por causa de sua fidelidade até a morte. O amor torna semelhantes as pessoas. Também na glória. Em Maria realiza-se, desde o fim de sua vida na terra, o que todos nós almejamos: A entrada dos que pertencem a Cristo na vida gloriosa do pai, uma vez que o Filho venceu a morte.

No momento histórico que vivemos, a contemplação de “Maria serva gloriosa” pode trazer uma luz preciosa. Que seria a “humilde serva” no século XXI, século das desigualdades sociais e do sensacionalismo? Sua história é: serviço humilde e glória escondida em Deus. Não se assemelha a isso a Igreja dos pobres? A exaltação de Maria é um sinal de esperança para os pobres. Sua história joga também uma luz sobre o papel da mulher, especialmente da mulher pobre, “duplamente oprimida”. Por isso Maria é “a mãe da libertação”!

Nossa Senhora da Assunção!

Rogai por nós!

 

Padre Alexandre Nahass Franco (Congregação da Missão-CM)

Assessor Espiritual do CNB

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