Oséias conclamou o povo ao arrependimento e confiança na promessa de que Deus, por seu imenso amor, há de perdoar todo coração sinceramente arrependido (Os 14,2). Ele ilustrou a realidade do perdão divino por meio do perdão exercido em favor de sua esposa.

O amor humano triunfou e o amor divino triunfará ainda mais. A vida de Oséias tornou-se sua mensagem. Sua tragédia espelhou a tragédia de um povo. Por intermédio dele, Deus chama de volta os desviados, oferecendo-lhes misericórdia, perdão e uma nova oportunidade.

Como se percebe no texto de Célier, o tesouro do amor e da fé foi roubado; no livro de Oséias ele foi trocado, vendido, mas o amor de Deus é maior e sua misericórdia dá ao ser humano uma nova chance de viver no amor do Pai.

Ser profeta hoje é abrir os olhos para a verdadeira realidade de Deus que age no amor e na gratuidade. Longe de ser esse Deus que se prega por aí, a quem as pessoas pobres e as pobres pessoas são conduzidas para afrontar, tentando corrompê-Lo com trocas. É fato ver pessoas muito pobres que em muitos casos acabam enviando até a aliança do casamento para esses grupos que fazem promessa de milagre com o envio de remessas de dinheiro ou outros valores. A que mundo chegamos!

Que tempo é esse? O nosso trabalho de Evangelizar os Pobres deve ser direcionado para o verdadeiro Deus do amor, da misericórdia, da gratuidade. Ir até os mais pobres semanalmente como missionários na Caridade nos compromete a revelar esse Deus e nada mais do que o Deus verdadeiro.

Nossa espiritualidade vicentina deve ser fiel a Deus e não a essas ideologias que poluem a mente de muitos por aí.

O que estamos levando de Deus aos Pobres hoje, que tipo de profetas somos?

 

Padre Edson Friedrichsen (Congregação da Missão-CM)

 

 

 

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