Padre Emanoel segue na coordenação da Assessoria Espiritual: “Precisamos fortalecer o trabalho com a Família Vicentina e revitalizar as bases”

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2007

O coordenador nacional da Assessoria Espiritual escolhido pelo presidente, confrade Márcio José da Silva, é muito conhecido na SSVP. Padre Emanoel Berdê Bertunes iniciou este trabalho na gestão do confrade Cristian Reis da Luz, em meio à pandemia, e aceitou o desafio de permanecer com dois grandes desafios: o trabalho em parceria com a Família Vicentina e a revitalização e fortalecimento das bases.

Padre Emanoel é da Congregação da Missão, formada por São Vicente de Paulo, e completa em 30 de junho, 15 anos de ordenação sacerdotal. Sua história com a SSVP é antiga, da época do seminário e, como o religioso diz, está em constante aprofundamento. “O primeiro livro que li no seminário, em Campina Verde, em 1997, me foi dado pelo Padre Nilson Grossi, já falecido, e era a vida de Frederico Ozanam. E, apesar da minha imaturidade, tanto como pessoa quanto formação eclesial, fiquei impressionado com aquele moço que viveu tão pouco e fez tão muito, e junto com seus companheiros fundou a Sociedade, essa obra de Deus, essa obra belíssima. E desde então, meu contato era superficial, nas cidades por onde passei minha formação. Mas esse conhecimento superficial nos traz preconceito e eu tinha alguns a princípio, de que era uma obra somente de assistencialismo, de caridade, que é como somos conhecidos. Muitas vezes somos conhecidos apenas pela prática da caridade, do cuidar de Pobre, e a SSVP é muito mais do que isso”, lembra.

Esses preconceitos foram sendo vencidos, à medida que o Padre Emanoel começou a conhecer mais a fundo a Sociedade.  “Com a pandemia, o confrade Cristian procurou o Padre Eli e ele me indicou para a assessoria espiritual em nível nacional e eu pude conhecer o quanto a SSVP faz mundo afora, quantas vidas salva, o trabalho belíssimo de homens, mulheres, crianças e jovens. É um trabalho abençoado, que encanta a tantos.  E a minha história vai cada vez mais se aprofundando e fazendo encantar com esse movimento, com esses vocacionados de Deus, que têm por um lado São Vicente de Paulo e de outro, Frederico Ozanam como inspiração, e abençoados por Nossa Senhora, que nos guia e nos protege.”

O trabalho vicentino é um encantamento para o religioso, que vê neste trabalho de assessor espiritual uma chance de evolução. “Eu quero que essa história seja cada vez mais profunda, robusta, substanciosa. Ela tem me enriquecido muito, sobretudo, pelo lado prático. Porque muitas vezes, a gente se perde no lado teórico da fé. Lê-se muito, estuda-se muito e o desafio é encontrar o equilíbrio entre se preparar bem e ir ao encontro dos mais Pobres, como temos visto acontecer com socorro às vítimas das enchentes e da Covid. É um trabalho prático, que não delega. Os vicentinos vão ao encontro. Coloco-me como vicentino, agora como assessor espiritual. Me sinto vicentino de coração”, fala.

Sobre o desafio de seguir coordenando a Assessoria Espiritual, Padre Emanoel terá duas grandes frentes de ação. “Nessa nova gestão teremos dois desafios. Reativar e fortalecer os laços com a família vicentina, para termos projetos  comuns. Temos consciência de que sozinhos até fazemos alguma coisa, mas é muito pouco. Temos uma força muito grande nos diversos ramos. Com nós, padres da Missão, as Filhas da Caridade, que são seis Províncias, as Irmãs Servas dos Pobres, a Juventude Mariana Vicentina, Associação da Medalha Milagrosa, os Filhos de São Vicente, os Religiosos de São Vicente, o Movimento Missionário de Leigos. São tantos os movimentos. É um desafio, sobretudo, para chegar às bases. É fazer com que essa nova mentalidade chegue para nos enriquecermos. Somar conhecimento, parceria, projetos, ampliar as ações do carisma vicentino”, enumera.

Segundo o padre, o outro desafio é revitalizar todas as Conferências. “Fazer da dificuldade, uma oportunidade. A pandemia mostrou a urgência dessa necessidade. Fortalecer as bases, através das formações, reuniões, nos precavermos contra as tentações das tecnologias, porque o contato é necessário. A tecnologia é importante, mas não pode substituir o presencial. Isso é essencial na SSVP. Foi assim que ela nasceu, se perpetuou e se espalhou pelo mundo afora. É preciso recobrar essa consciência de participação presente nas reuniões, nas visitas e nos encontros. Precisamos cuidar uns dos outros”, finaliza Padre Emanoel.

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