Dias Festivos: Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré

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Hoje, 27 de novembro, comemoramos o dia de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, Padroeira da Região III, e amanhã, dia 28, de Santa Catarina Labouré. Mas você sabe o que elas têm em comum? Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré, uma Filha da Caridade, e foi por intermédio dela que se cunhou a Medalha Milagrosa da Virgem.

Santa Catarina Labouré nasceu em uma aldeia de Borgonha da França, chamada Fain-lès-Moutiers, aos 2 de maio de 1806. Nona filha de Pedro Labouré e Luísa Madalena Gontard, vivia com a família no campo, com amor ao trabalho e à simplicidade.

Ainda pequena, aos nove anos, perdeu a mãe e ficou “responsável” pelos irmãos. E desde cedo tinha o desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações. Descobriu cedo seu chamado e vocação em tornar-se Filha da Caridade ao ver, em uma casa das irmãs, em Châtillon-sur-Seine, uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma das irmãs lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Ali, entendeu seu chamado e, em 21 de abril de 1830, ela entrou no noviciado das Filhas da Caridade, em Paris, após a permissão do pai.

Seu desejo de ver a Virgem Maria foi atendido, e Catarina começou a vê-la, em 19 de julho de 1830, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. E foi assim que ela descreveu o encontro:

A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem”.

E por três vezes, eles aconteceram. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.

E assim foi feito: no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir à Catarina foi cunhada e espalhada por todo o mundo.

A Santa

Santa Catarina viveu por 26 anos em um convento, vivenciando o Evangelho e sempre humilde. Ninguém nunca soube que ela fora o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, em 1854.

Trabalhava como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris. Faleceu em 31 de dezembro de 1876, aos 70 anos.
Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII.

A Medalha de Nossa Senhora das Graças
Segundo o Papa Pio XII, a medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa”.

A devoção a partir de uma Providência Divina, é escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que sempre soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

A medalha pedida por Nossa Senhora à então noviça Catarina logo se espalhou pelo mundo, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: “medalha milagrosa”.

Muitos vicentinos espalhados pelo Brasil são devotos de Nossa Senhora das Graças, inclusive pela sua ligação com nosso São Vicente de Paulo. Para a Vice-presidente da Região III, Fabiana Aparecida Goulart Gonçalves de Oliveira, ter Nossa Senhora das Graças como Padroeira é motivo de devoção. “Temos uma felicidade muito grande pela nossa Padroeira por ser uma devoção que se iniciou com a aparição à Catarina de Labouré, uma Filha da Caridade, sociedade de vida apostólica fundada em Paris, em 1633, por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac. Então, essa ligação de Nossa Senhora com os vicentinos é muito grande e muito forte”, explica.

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