Conheça a Região 6: um povo arretado sempre pronto para ajudar o próximo

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Encontro da ECAFO, CCAs e CJs da Região 6 foi feito antes da pandemia – Crédito: Divulgação

“Um povo arretado, sempre disposto a ajudar e fazer o melhor”. É assim que a vice-presidente da Região 6, a consócia Maria da Conceição Marques da Silva, mais conhecida como Conceição Marques, define os vicentinos que integram sua Região, que abrange os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe.

Cor: Rosa

Padroeira: Nossa Senhora da Conceição

Ao todo, são quatro Conselhos Metropolitanos (João Pessoa, Olinda e Recife, Bahia e Sergipe, e Maceió), 1.037 Conferências, 153 Conselhos Particulares e 31 Conselhos Centrais. São 6.656 vicentinos, entre idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças, nesta Região, que reúne 16 obras unidas.

A consócia Conceição Marques lembra que a Região 6 abrange quase o Nordeste todo e que uma das maiores marcas é a hospitalidade nordestina. “Nosso povo é conhecido por não ter medo do trabalho, por mais difíceis que as situações seja. O nordeste brasileiro tem características peculiares, tem um grande sertão, que é seco e desprovido de boas estradas e tecnologias. Tudo isso são desafios que superamos no dia a dia para cumprir nossa missão vicentina e levar às Obras e aos Pobres, o que eles precisam em termos materiais e espirituais”, conta.

A vice-presidente explica que os vicentinos que atuam na Região demonstram o amor ao próximo e, “se puderem, dão até o que não tem” para ajudar ao próximo. O trabalho com os Pobres é, nas palavras carregadas de sotaque da consócia, “um trabalho desafiador, mas uma belezura”.

E desafio foi o que não faltou neste ano de 2020. Antes da Pandemia chegar ao país, os coordenadores da ECAFO dos CMs, CCs e alguns CPs, juntamente aos membros e coordenadores das Conferências de Jovens (CJs) e Conferências de Crianças e Adolescentes “CCAs”, buscaram o fortalecimento espiritual e motivacional para o trabalho vicentino, com a realização do Encontro Regional dos departamentos (ECAFO, CCA e CJ) realizado em março na cidade de Campina Grande-PB. Neste encontro, foram traçadas as “Estratégias para inovar na Formação” dos departamentos, modificando o antigo e adaptando-se as mudanças do tempo, bem como se pensou numa metodologia de formação que atenda às necessidades do momento atual de modo permanente de acordo com a realidade de cada unidade.

Grupo da ECAFO em Encontro Regional, antes do isolamento social. Crédito: Divulgação

Para o coordenador da ECAFO da Região 6, confrade Beethovem José de Medeiros, estavam programadas várias  atividades  nos quatro CMs, entre elas,  a formação para novas diretorias nos CMs BASE, Maceió e João Pessoa, além  do  incitamento da Coordenação Nacional da ECAFO para a aplicação prioritária  do módulo Doutrina Social da Igreja, de maneira que  contemplasse as bases.

Contudo, a pandemia e o distanciamento social causaram a princípio, uma paralização nas atividades programadas para o ano, de maneira que os coordenadores de ECAFO dos CMs  tiveram de se reinventar para as adversidades de modo firme e corajoso, como emana o regulamento da SSVP em que seus membros devem adaptar-se às mutações do mundo. “Além de, seguindo os exemplos de São Vicente de Paulo, Santa Luiza de Marilac e do Beato Ozanam e seus companheiros,  os demais CMs foram levados a copiar o CM de Maringá, que foi o precursor no Brasil  das atividades de formação por LIVES ou videoconferências; assim, vêm sendo realizadas formações virtuais tanto na aplicação dos módulos da ECAFO quanto na apresentação de outros temas inerentes ao trabalho vicentino, sendo um dos pontos positivos nessas atividades de formações virtuais o apoio dos presidentes dos CMs’, conta o confrade Beethovem. 

Para o coordenador, o ápice da formação vicentina na Região VI em 2020 foi a Semana Nacional da ECAFO, na qual todos os CMs fizeram ampla divulgação dos vídeos sobre a Doutrina Social da Igreja (DSI), os quais foram preparados pelo Padre Joelson Sotem e disponibilizados nas redes sociais do Conselho Nacional do Brasil. “Os coordenadores de ECAFO dos quatro CMs também preparam lives, com foco na temática acerca da DSI  e seus 10 princípios, com alguns palestrantes dando destaque ao Beato Ozanam, bem como ênfase à Encíclica Rerum Novarum, ocorrendo a apresentação deste tema em três CMs, que foi feita pelo Confrade Renato Lima de Oliveira – 16º Presidente do Conselho Geral Internacional”, relata.

Entre os estímulos inovadores disseminados por meio das formações virtuais e outros meios de comunicação, o destaque tem sido o trabalho dos coordenadores de ECAFO dos CMs, CCs e alguns CPs na Região 6. “Isso foi de primordial importância para o fortalecimento emocional, espiritual e formativo dos confrades e das consócias, ajudando a manter viva a missão em seus corações e em suas ações, em que os maiores beneficiados estão sendo os nossos e senhores e mestres os Pobres.

Entre os Destaques da ECAFO neste período está o Projeto de Formação da Rede de Caridade, realizado pelo CM Base, que foi dividido em três etapas. A última intitulada “Vamos unir o mundo inteiro em uma rede de caridade” deve acontecer em dezembro.

O confrade ainda cita projetos dos CMs de grande importância, como o Programa de recitação do Terço no CM de João Pessoa; o Projeto ECAFO em Casa do CM Maceió e o Projeto de Resgate da História da SSVP em Pernambuco, realizado pelo CM de Olinda e Recife. “Um outro destaque para formação na R6 tem sido a coluna “Paixão Por Formação” da Folha de Ozanam, principal de meio de informação e formação do CM Olinda e Recife, assinado pelo coordenador regional  da ECAFO da R6, com edições mensais e  publicação de artigos relacionados a temas da espiritualidade vicentina, tendo destaque para edições de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2020, com reflexões da DSI e seus 10 princípios divididos em  agrupamentos”, conta.

Jovens em ação

CJ também participou do Encontro Regional e hoje tem usado Internet para se reunir. Crédito: Divulgação

A CJ também não parou os trabalhos, apesar das dificuldades impostas pela pandemia. Na falta do contato físico a solução foi usar a Internet para seguir em frente. “Participamos da maioria das Reuniões Regionalizadas Virtuais e realizamos reuniões com os Coordenadores de CM também de forma virtual. A impossibilidade de estarmos juntos presencialmente dificultou um pouco o cumprimento do nosso calendário tal como havíamos planejado, com a realização de visitas, eventos de recrutamento e motivação onde a presença e o calor humano fariam toda a diferença, mas, ainda assim, seguimos com boa parte do nosso trabalho graças às ferramentas virtuais, replanejando e adiando o que só será possível realizar com o fim da pandemia”, explica o coordenador para CJ, o confrade Cláudio Víctor Amorim de Azevedo Ferraz, o Kadu.

O coordenador cita também a participação pontual de jovens da Região 6 em atividades como a Força Tarefa CNJ, Reuniões da CNJ, Webinar da Juventude Vicentina, Roda de Conversa da Juventude Vicentina.

Entre os trabalhos desenvolvidos durante a pandemia, o confrade destaca duas ações do CM de Olinda e Recife: a Roda de Conversa Virtual entre os Jovens e uma Reunião de Planejamento Anual já para 2021, onde foi desenvolvido um trabalho sobre relacionamento interpessoal e a amizade na SSVP. “A comissão tem se engajado em ações junto à Família Vicentina no Recife com entrega de refeições e kits de higiene pessoal à moradores de rua. Temos percebido ainda, como fruto desse trabalho persistente de motivação, ações desenvolvidas pela juventude nos centrais, a exemplo da Sacola de São Vicente, campanha de arrecadação de alimentos em parceria com supermercados na cidade de Bodocó (área do CC Salgueiro), bem como a realização virtual do Tríduo de São Vicente de Paulo, em setembro por jovens do CC de Sertânia nas redes sociais da paróquia daquela cidade”, enumera.

Outro exemplo a ser destacado vem do CM de João Pessoa, mais precisamente do CC de Campina Grande: semanalmente, durante a crise pandêmica, vem sendo realizado um terço vicentino nas redes sociais, trazendo sempre dentre os convidados, a presença da juventude.

Formação das crianças e adolescentes

Reunião da CCA pré-pandemia. Crédito: Divulgação.

A CCA da Região 6 também foi pego de surpresa com a pandemia e orientadores e coordenadores tiveram que ser criativos para que a formação das crianças e adolescentes não parasse. “Nós tivemos que nos reinventar para que as formações não fossem interrompidas A CCA é a base para a formação do vicentino e é um período determinante no futuro dessas crianças na SSVP. Não paramos, apesar das dificuldades do isolamento social. Cumprimos as diretrizes do CNB, para garantir a segurança e saúde das nossas crianças e jovens e, ao mesmo tempo, mantivemos o nosso trabalho”, explica a coordenadora da CCA da Região 6, consócia Jovânia Marques Oliveira e Silva.

“A participação da CCA de nossa região no encontro regional foi muito expressiva. O trabalho segue, com outra estratégia, que é a Internet no lugar do presencial, mas segue. A equipe de coordenação se reúne mensalmente para ver as atividades de cada CM. Mantemos a oração do terço semanalmente e a oração do Evangelho diária. Onde tem condição, a CCA se reúne por Internet”, conta a consócia.

A coordenadora da CAA ainda cita como destaque a participação no Concurso Pintando a Fraternidade, com mais de 50 desenhos e poesias realizadas e os encontros on-line. Outra preocupação, de acordo com a consócia Jovânia em tempos de pandemia é envolver ainda mais os pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes, “Temos chamado os pais para acompanharem as orações. Além disso, no caso das crianças menores, de seis e sete anos, fazemos atividades mais lúdicas, ligadas à evangelização e à aprendizagem de ser vicentino e levamos até a casa das crianças para que os pais façam com elas. Queremos com isso estimular e cuidar da orientação dessas crianças”, detalha.

A consócia conta também que muitos vídeos foram gravados nos CCAs em comemoração a datas especiais, como o Dia de Nossa Senhora Aparecida e São Vicente de Paulo. “Com isso, as crianças e adolescentes vivem a regra e melhorar a espiritualidade vicentina”, explica.

Para resumir as atividades na CCA, a consócia cita: “É um trabalho incansável, que amamos. CCA é show de trabalho, de missão, de evangelização e de aprendizado vicentino para a missão com os Pobres”, define.

Como se pode perceber, arregaçar as mangas e ajudar o próximo são palavras de ordem na Região 6. “Estamos vivendo uma nova etapa e nem sempre a Internet pega em todos os lugares, a dificuldade em ter acesso ao confrade, à consócia e aos assistidos é grande. Mas se não dá pela Internet, a gente faz pelo telefone. O importante é não perder o contato, fazer a caridade e levar o conforto a quem precisa”, finaliza a vice-presidente da Região 6, consócia Maria da Conceição Marques da Silva.

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