Projeto Social mineiro coleciona boas histórias

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O bairro São João, em Ubá (MG), rotineiramente está nas páginas policiais da imprensa. Considerado um dos mais violentos do município, só em dezembro passado registrou oito assassinatos. É neste cenário que os vicentinos da Conferência São Francisco de Assis lutam para transformar a realidade do medo em esperança de um futuro melhor.

Foi criado na comunidade um Projeto Social, com recursos do Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo (CNB/SSVP), para ensinar às mulheres as artes da costura, bordado, pintura e crochê. Com a nova profissão, elas podem trabalhar, garantindo o sustento de casa.

Segundo o confrade José Luiz Simplício de Oliveira, de 65 anos, a iniciativa tem sido um sucesso e gerado muitas histórias que motivam os vicentinos à Mudança de Estruturas (promoção social). Uma das atendidas montou pequeno negócio e, vendendo os artesanatos que produz, tem conseguido uma renda de mais de um salário mínimo por mês.

AUTOESTIMA

Quando os vicentinos de Ubá criaram o projeto, eles queriam ensinar uma profissão para as mulheres da comunidade. Só não esperavam que os benefícios seriam ainda maiores: a recuperação da autoestima delas. Diante de muita pobreza e falta de oportunidades, elas se sentiam limitadas. Com o Projeto, descobriram que não são.

“Uma das atendidas vivia em situação tão profunda de depressão que queria cometer suicídio. Depois de passar pelo curso, está tão bem que nem remédio controlado toma mais”, cita o confrade José Luiz. Outro caso surpreendente é de uma ex-usuária de drogas que era canhota e achava que nunca conseguiria fazer um artesanato. Após aprender a fazer crochê, está muito bem e feliz.

As aulas são ministradas na Paróquia local. Todas as professoras são voluntárias. O dinheiro obtido com a venda dos materiais é usado para repor matéria-prima.

Novidades vêm por aí: uma professora universitária de design está criando modelos de bolsa de feira e capa de celular que deverão ser confeccionados em breve pelas alunas.

Para o confrade Zé Luiz, o projeto significa motivação. “Sei que, por meio dele, estamos ajudando as mulheres a ter trabalho, dignidade… quando eu levava a cesta, era apenas uma ação assistencial. Agora, estamos dando oportunidades para que elas mudem de vida”, encerra.

Fonte: Redação do SSVPBRASIL

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